Até que Ponto Revisões em Concessionárias Aumentam o Valor ou a Liquidez na Venda de MB Usado?

Não tenho a ilusão de que este tipo de relacionamento conflituoso entre cliente e concessionária ou entre cliente e mecânico exite em todas as marcas de carro e até mesmo fora do Brasil. Não sei porque diabos este ramo de negócio é tão complicado, desonesto, caro e incompetente. Merece uma tese em administração.
Tive Mitsubishi e tenho sérias desconfianças que roubavam combustível de meu carro na revisão, tive Audi e cobravam também o olho da cara por peças, tive Fiat e faziam serviços pela metade etc etc etc. Confesso que minha experiência com Toyota e Honda foram exemplares contudo, mas êta carrinhos sem sal!
O que me incomoda no caso dos Mercedes é que, pela especificidade dos carros em vários de seus componentes, a relação cliente x concessionária está fadada a ser mais longa. Do mesmo modo, ter os malditos carimbos no livreto do carro pode ser fator decisivo de compra para muitos (algo impensado no caso de carros normais). Finalmente, e esta é uma questão de percepção, pela alta qualidade da marca, as concessionárias deveriam ser exemplares no trato, na qualidade do serviço e na honestidade... e estamos longe disto.
Apresento aqui, adicionalmente, uma suspeita minha: estaria a Mercedes baixando o custo dos automóveis zero para acelerar vendas em detrimento de margem própria e de margem das concessionárias e tirando a diferença nas peças e custo de mão de obra nas revisões? (tipo a HP faz com as impressoras que são descartáveis de tão baratas, mas cuja tinta custa por litro muito mais caro que champagne francês de primeira linha?)

Boa tarde a todos

Minha CLC-200 2010/11 já está fora da garantia e desde então levo na Masterplace em Curitiba/Pr, muito bem atendido e preços convenientes.
Recentemente troquei as pastilhas de freio.

Duvido que, no meu caso, e modelo o futuro comprador possa (digamos), levar em conta isto.
Além do mais já mexi até no chip (Italiano Competições, em Curitiba, especializado em arrancadões por aqui), fui de 184 HP para 205 e com mesmo consumo, coisa que uma CCS jamais faria.

Abraço, fique com Deus

Pois eu já tive extensão de garantia na minha ML320 e no meu B200 sem nenhum problema, acho que ter o manual carimbado e uma boa relação com a CCS é muito importante...

Concordo com o GR, desvincular totalmente de CCS não é o caminho, além do fato de que representamos no Fórum apenas uma parte do universo de proprietários de Mercedes.
Será que outros donos (que não participam de fóruns) pensam da mesma forma?

Alfege,

O que me incomoda no caso dos Mercedes é que, pela especificidade dos carros em vários de seus componentes, a relação cliente x concessionária está fadada a ser mais longa

Infelizmente tenho que discordar. A relacao cliente x concessionaria MB esta fadada, tal como qualquer outra marca, ao tempo em que durar a garantia. Na rede autorizada que frequento em SP é nitido o exodo dos veiculos uma vez finda a garantia.

Geralmente ainda permanecem la, aqueles que ainda estao no primeiro dono.

Ao acabar a garantia e o veiculo passar ao segundo dono, este começa a frequentar oficinas especializadas MB renomadas e geralmente troca-se por peças originais.

O tempo vai passando, o carro vai valendo menos, vai trocando-se de dono e o fator exxxxcangalho começa a entrar mais forte na vida do relacionamento e o veiculo começa a frequentar oficinas de bairro e uso de peças alternativas.

Por fim, chega-se ao ponto em que voce começa a ver "Tenho uma C180 95 (de 13 conto) e quero adaptar a embreagem do Astra. Como faço????" ou pior...voce comeca a ver carros legais totalmente largados ao precioso exxxxcangalho e jeitinho.

E por que tudo isso? Porque a politica de peças e revenda de peças e MDO praticada pela rede muitas vezes nao permite que veiculos mais velhos frequentem a rede autorizada.

Uma lastima

"Geralmente ainda permanecem la, aqueles que ainda estao no primeiro dono".

A colocação do John não reflete a realidade!!!

Ultimamente, foi noticiado a compra de uma rede de CCs por uma empresa americana. (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,grupo-americano-compra-rede-de-revendas-no-brasil-,988979,0.htm)

Será que, com essa aquisição e uma nova filosofia praticada por empresas vindas de outros mercados (se é que esta pratica é somente por aqui), teríamos esperança de mudança de filosofia por parte das CCs, no que diz respeito a preços de peças, mão-de-obra e outras coisas mais?

Ou será que é um problema derivado do chamado "custo brasil", justificativa para quase tudo por aqui?

Gustavo

Acredito que os preços de peças sejam tabeladas pela MB, embora as CSS tenham alguma liberdade em dar descontos, com certeza.

Mas você há de concordar, igual neste caso, em que foram negociadas, salvo engano, 21 CCs pertencentes ao mesmo grupo econômico , a possibilidade de negociação perante a fábrica aumenta bem mais, não é mesmo?

Gustavo

Não achei na noticia que esse grupo possuí CSS MB, mas sim BMW/MINI. Eu acho que são situações diferentes, varias marcas envolvidas, assim como o grupo Caltabiano, que tem CSS de varias marcas. Como essa compra iria influenciar a politica de preços da MB?

Sim, João. Mas para efeito de comparação, será que a aquisição feita por grupos estrangeiros de CCs em nosso País poderia mudar, em casos parecidos como o ilustrado pela notícia, a política de preços das fábricas em relação a CCs, em especial com a Mercedes? 

Ou nem mesmo para efeito de comparação serviria o informado pela notícia? Acredito eu que, em negociação maiores, talvez teria preços menores, por causa de volumes envolvidos...E caso isto viesse a acontecer, em uma análise digamos, inocente, estas diferenças serem repassadas ao consumidor final.

Politica de peças :

- a rede de veiculos comerciais informa seu estoque de peças no pecasonline, a de automoveis nao.

- a rede de veiculos comerciais oferece peças remanufaturadas pela MB com garantia de fabrica (aa semelhança do que eh oferecido para automoveis na Europa), a de automoveis nao.

Eu acho que acabamos por fugir um pouco do foco que é o fato de ajudar ou não na liquidez de um veículo na hora da venda.

Eu não tenho boa impressão da Minas Maquinas no período em que vivi em BH, quando precisei o serviço deixou a desejar e aparentemente eu conhecia mais os carros do que os mecânicos/consultores. acabei por passar a utilizar mesmo só para a compra de algumas peças.
Mas não acho que isso seja um problema de lá apenas não, acho que isso é sim um problema geral de CSS, querem mesmo é saber de carro novo, de plugar o star e trocar peças.

Agora, sou testemunha do caso do confrade GR com o B200, tem um bom relacionamento com o pessoal lá e teve garantia estendida na troca de uma peça cara, benefício que outro confrade não teve com o mesmo carro, na mesma CSS, sobre a mesma peça. 
Em contra partida outro confrade, Antonio Elias, goza também de um bom relacionamento lá se não me engano, enfim varia muito.

Enfim, para concluir eu entendo que seja uma vantagem sim ter os carimbos da CSS em todas as revisões, pois demonstra ao menos que o proprietário não poupou dinheiro na manutenção do carro, sabemos que as coisas em CSS não são baratas, e isso é muito bom. Afinal quando compramos um carro gostamos de histórico de manutenção e se alguma peça ou componente tiver algum problema prematuro a chance de se conseguir alguma garantia estendida é maior sim.

Não sei se ajuda na liquidez diretamente, mas EU se tivesse escolhendo entre dois carros iguais em estado, modelo e etc, era capaz de dar preferência a um que tivesse as manutenções em CSS, mesmo que um pouco mais caro.

Abs

Caro Dvaldo,
Pode até aumentar, o problema é encontrar alguém que queira pagar na hora da venda. Esse é um valor que vc não recupera na hora da venda.
Concordo sim que todas, sem excessão, as revisões devem ser feitas por mecanicos especializados e com equipamento específico, mas não obrigatoriamente numa css. Como já citei caso, tive uma péssima esperiencia em css renomada da MB.

Eu acho que aumenta a liquidez. Revisões carimbadas no Manual comprovam, dentre outras coisas, a quilometragem real do veículo. É um histórico realmente com comprovação.

Caro Franklin, os concessionários e distribuidores de veículos estão organizados em sindicatos e associações para manterem o mercado de serviços e revenda de peças (exclusividade, mercado fechado, ferramental próprio) altamente lucrativo.
As montadoras deveriam ser obrigadas por força de leis a fornecer ao primeiro comprador o manual de reparação do veículo adquirido, como já ocorre em muitos Estados norte-americanos, e enquanto isso não ocorre, os consumidores e oficinas independentes ficam reféns das montadoras e/ou dos concessionários, uma verdadeira "caixa-preta".

Boa noite

A minha opinião quanto a CSS é radical. Não confio em nenhuma e acho que todas nos roubam, independente da marca. Falando de Brasil.
Possuo MBs há pouco tempo, aproximadamente 8 anos. Sempre utilizo peças com boa procedência e não faço adaptações. Quanto a mão-de-obra, faço como hoby ou em oficina de minha confiança. Nunca tive problemas agindo desta forma, como também, ao negociar o carro o valor se manteve no normal de mercado, e geralmente mantenho ótimas relações com os compradores.
Um abraço à todos

kzmeireles,

Mecânico de confiança em Teresópolis? Por favor me passe o contato, até troca de óleo eu faço em casa quando estou por lá...

Olá Rod

Como falei, a maior parte da mecânica, excetuando a mais pesada, como suspensão por exemplo, eu mesmo faço em casa, nos finais de semana, para mim uma terapia.
No momento, estou restaurando uma 280 SL 1979. Já revisei injeção, regulagem de válvulas, troca de rolamentos de compressor do ar condicionado, alternador, revisão de todo o sistema de arrefecimento, painel, antena elétrica, etc, etc. Ela ainda não entrou em oficina.
Agora retirei a bomba e caixa de direção, pois estão vazando óleo. Ainda não sei aonde as levarei, pois não tenho conhecimento para mexer nestes itens e não quero arriscar.
Quanto a indicação de oficina de confiança, há + de 30 anos, desde da época de faculdade, utilizo os serviços da RoqueCar, aliás onde aprendi muita coisa. É uma oficina simples, com preço justo. Roque, o mecânico responsável é uma pessoa que gosta do que faz, e se mantém atualizado, possuindo a honestidade recusar algum serviço que não tenha segurança para faze-lo.
Já recorri ao Vieira, no Rio Comprido, há alguns anos. Não posso me queixar da qualidade do serviço, porém achei o preço muito salgado. Tenho ótimas informações a respeito do Maluy, inclusive já fiz alguns contatos telefônicos e só tenho motivos para agradece-lo pelas orientações, mas ainda não o conheço pessoalmente. Meu cunhado que tem uma C 180 já o procurou e ficou muito satisfeito. Pretendo qualquer dia dar uma chegada lá na Ilha.

Caso possa ajuda-lo em aguma coisa ou trocar alguma idéia terei o maior prazer.
Um abraço, Kz

Opa,

Estou indo lá segunda-feira, se quiser descer comigo, mostro o caminho....