(R172): Mercedes SLK passa a se chamar SLC e perde V8 na versão AMG

A Mercedes-Benz apresenta atualizações ao roadster SLK e uma mudança de nome, que passa a ser SLC, o mesmo do grande cupê derivado do conversível SL e fabricado entre 1971 e 1981. A ideia é associá-lo ao Classe C e criar uma hierarquia nos Mercedes desse tipo como a que existe entre os sedãs (Classes A, B, C, E, S) e hoje também entre os utilitários esporte (GLA, GLC, GLE, GLS).

Na aparência, a frente ganhou nova grade, para-choque e faróis, que podem ter leds com facho adaptativo às condições, enquanto a traseira teve lanternas e para-choque alterados. Por dentro foram revistos quadro de instrumentos, acabamentos e o sistema de entretenimento, que usa tela de até 7 pol e permite uso de internet e aplicativos. A capota rígida com acionamento eletro-hidráulico, que foi grande atração do modelo ao ser lançado há 20 anos, passa a permitir seu comando a até 40 km/h. Recursos de segurança passam por monitor do tráfego adiante com frenagem automática e comutação do facho dos faróis conforme haja veículos à frente.

A gama do SLC abrange cinco versões. O SLC 180 usa o conhecido motor turbo de 1,6 litro com potência de 156 cv e torque de 25,5 m.kgf; o SLC 200 e o SLC 300 compartilham o turbo de 2,0 litros, com 184 cv/30,6 m.kgf no primeiro caso e 245 cv/37,7 m.kgf no segundo; e o SLC 250 D vem com um turbodiesel de 2,15 litros, 204 cv e 51 m.kgf, todos com quatro cilindros. O mais potente SLC 300 acelera de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e alcança 250 km/h.

Na linha Mercedes-AMG aparece o SLC 43, que retoma um número usado anos atrás no Classe C de motor V8 (C43 AMG) e substitui o SLK 55 AMG. Contudo, sob seu capô está o mesmo V6 de 3,0 litros com dois turbos, 367 cv e 53 m.kgf do C450 AMG, capaz de levá-lo de 0 a 100 em 4,7 segundos com a mesma máxima de 250 km/h. Comparado ao antecessor, que usava um V8 aspirado de 5,5 litros, o SLC 43 tem 54 cv a menos, mas o torque supera em 2 m.kgf; o tempo de 0 a 100 piorou em 0,1 s, enquanto o consumo médio foi reduzido em 8%. Contribui para esse ganho a nova caixa automática de nove marchas (eram sete no SLK 55), que em parte das versões é alternativa à manual de seis. A versão de topo traz ainda a opção de suspensão Ride Control com controle eletrônico de amortecimento.