(T245): Avaliação B200 T - Best Cars Web Site Uol® - português
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Meio minivan, meio GTI.
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Com turbo e 193 cv, Mercedes-Benz B 200 T combina
espaço, segurança e desempenho, mas a preço elevado.
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Existem carros que desafiam a classificação em categorias. O Chrysler PT Cruiser é um deles: visto como uma minivan pelo governo americano, que o coloca na classe dos utilitários, é para outros um automóvel de dois volumes e cinco portas. Há quem chame também o Honda Fit de minivan, mas ele é mais baixo que um Citroën C3 e tem até versão de três volumes no exterior. Já crossovers como o Mitsubishi Outlander fazem a ponte entre peruas e utilitários esporte.
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O Mercedes-Benz Classe B é outro desses modelos difíceis de definir. À primeira vista é uma minivan, do porte da Meriva, mas esse rótulo já não lhe cai bem quando é conhecido melhor. As coisas se complicam no caso da mais recente versão lançada no Brasil, a B 200 Turbo, com motor de 2.0 litros, turbocompressor e potência de 193 cv. Ou alguém já viu uma Meriva andando como um Golf GTI?
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Lançado em março de 2005 no Salão de Genebra, o Classe B representa uma evolução da idéia inaugurada em 1997 com o primeiro Classe A, que foi fabricado também no Brasil. Em vez de ganhar altura interna com o teto elevado, como nas minivans ou no Fit, a Mercedes optou por levantar todo o compartimento de passageiros cerca de 20 centímetros, deixando a parte inferior do "sanduíche" para absorver órgãos mecânicos em caso de impacto frontal, além de colocar os ocupantes em altura mais segura em colisões laterais. Essa receita permanece no novo carro, que no entanto é bem maior que o antigo "A": 4,27 metros de comprimento e nada menos que 2,77 m de distância entre eixos, mais que em um Fusion.
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Com essas dimensões, mais a altura expressiva de 1,60 m, as formas do Classe B não poderiam ser das mais harmoniosas. Mas o carro consegue transmitir simpatia e modernidade, com destaque para o forte vinco nas laterais, os sulcos formados no capô que emolduram a grade por baixo e os refletores elipsoidais do facho baixo dos faróis. A estrela da marca vem inserida na grade, como é regra em seus modelos menos formais, e a versão Turbo tem rodas de 16 pol com pneus 255/55.
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O interior é funcional e bem-acabado, mas sem ousadia no desenho, como habitual nos Mercedes. Não poderiam faltar o volante de quatro raios, o painel com instrumentos amplos e bem legíveis e a alavanca à esquerda da coluna de direção, onde se concentram os comandos, sem correspondente no lado oposto. Para ser mais fiel às tradições, só mesmo se a alavanca do freio de estacionamento desse lugar a um pedal. Também comum a outros modelos da marca é a chave eletrônica, sem serrilha, que é apenas encaixada no painel (há uma minichave dentro dela para o caso de o controle remoto das portas não funcionar por qualquer motivo).
O jeito é de minivan, mas com assoalho mais elevado e altura útil interna de automóvel; o porta-malas é amplo e o banco traseiro tem ótimo espaço para pernas.
Como no Classe A, o banco baixo em relação ao assoalho e o volante quase vertical compõem uma posição de dirigir de carro esporte, só que elevada como em uma minivan. A solução favorece a visibilidade, mas ela é prejudicada pelas largas colunas dianteiras, painel alto e retrovisor interno no campo visual. Os bancos dianteiros — firmes e confortáveis em longos percursos, com apoio lombar regulável — têm ajuste elétrico até para os encostos de cabeça. No banco traseiro há bom espaço para cabeças e pernas, com um discreto túnel central. Entretanto, a largura é insuficiente para três adultos, o assento deveria ser mais longo e o passageiro central sofre com o encosto.
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O pacote de itens de conforto é farto: ar-condicionado automático com saída no porta-luvas, revestimento dos bancos em couro, acionamento automático de faróis e limpador de pára-brisa (com braços em sentidos opostos e ótima varredura), computador de bordo com exibição digital de velocidade, controle elétrico dos vidros com função um-toque e sensor antiesmagamento para todos, controlador e limitador de velocidade, monitor de pressão dos pneus, tomada de 12 volts para o banco traseiro, porta-óculos para o motorista, rádio/toca-CDs de boa qualidade — mas sem função MP3 — e comandos no volante para o áudio e o computador. Pena não ser oferecido aqui o amplo teto solar, similar ao do Fiat Stilo, ou mesmo a versão com área envidraçada fixa.
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Bons detalhes estão por toda parte: ambos os retrovisores externos biconvexos, indicação individual de porta mal fechada, pára-brisa com faixa degradê (rara em modelos trazidos da Europa), lingüeta para liberar a trava de segurança do capô, dois pontos para montagem de sua vareta de sustentação (o segundo facilita intervenções mecânicas) e alarme com proteção por ultra-som (que pode ser inibida) e detecção de que o veículo está sendo rebocado.
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Ao abrir a quinta porta surge uma luz vermelha, para ajudar a sinalizar o veículo, e o compartimento de bagagem conta com um conjunto de primeiros-socorros. A capacidade informada é de ótimos 544 litros, sendo possível remover o banco dianteiro direito e o traseiro para liberar volume de 2.245 l. Mas a Mercedes deveria buscar melhor solução para o estepe: de tamanho integral e inclinado no piso, requer um enchimento de cerca de 10 centímetros para nivelar a base, o que acarreta perda de espaço útil — espaço que também falta para pequenos objetos no interior.
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Bom desempenho e CVT. Derivado da versão de aspiração natural e 136 cv que hoje equipa tanto o Classe A quanto o B, o motor de 2,0 litros e apenas duas válvulas por cilindro do B 200 Turbo passa à potência de 193 cv e ao torque máximo de 28,5 m.kgf, mantido constante entre 1.800 e 4.850 rpm. Seu funcionamento suave e silencioso, com um leve ronco ao se acelerar a fundo, permite explorar bem as altas rotações — mas não há necessidade delas para obter desempenho muito bom. A entrega de potência é gradual, sem a "dupla personalidade" ainda presente em alguns motores turbo.
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A Mercedes declara velocidade máxima de 218 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos, mas a sensação não é de um carro tão rápido. Parte disso deve-se ao câmbio de variação contínua (CVT) Autotronic, com sua progressão suave e sem os "degraus" das mudanças de marcha dos outros tipos de transmissão. Junto à alavanca seletora há um botão para selecionar entre os modos Conforto, Esporte e Manual. No primeiro, que é automático, a caixa permite tanto acelerar devagar (a menos de 2.000 rpm), quanto chegar rápido a 5.800 rpm, com o pé no fundo, e assim permanecer até a velocidade máxima.
Interior típico de Mercedes, bem-acabado e confortável, mas sem ousadias na aparência; os bancos dianteiros têm ajuste elétrico e a chave é eletrônica, sem serrilha.
O segundo modo leva o motor a manter rotação mais alta, até mesmo ao desacelerar — útil, por exemplo, em descidas de serra ou ao tomar uma curva e desejar agilidade para a retomada seguinte. No terceiro é que está o mais interessante desse CVT: a simulação de sete marchas. No console vêem-se apenas as posições P, R, N e D, mas nesta última se efetuam as mudanças manuais para os lados, outro hábito Mercedes (sobe marchas para a direita, reduz para a esquerda, com indicação no quadro de instrumentos).
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O modo Manual traz uma agradável esportividade e a sensação de que o motorista é quem decide com quantas rotações o motor deve estar. Mas foi mantida uma característica não muito apreciada dos câmbios da marca: ao passar à última "marcha virtual" volta-se ao modo automático, mesmo sem querer. A caixa também sobe "marchas" por si mesma no limite, perto de 6.000 rpm. No exterior há comandos de troca no volante, não disponíveis aqui.
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O motor turboalimentado entrega 193 cv e 28,5 m.kgf com suavidade e um ronco agradável; o câmbio CVT permite trocas manuais entre sete "marchas virtuais".
O Classe B tem a peculiaridade de usar uma antiga solução em suspensão traseira — o eixo rígido —, mas com resultados que surpreendem. Quem se incomodava com as oscilações e o desconforto do Classe A nacional não ficará com saudades: com o mesmo sistema agora presente no Classe C, que deixa os amortecedores mais firmes em caso de compressão abrupta, o rodar é relativamente confortável, no que o longo entreeixos ajuda muito. E o comportamento dinâmico é impecável, com inclinação moderada de carroceria e grande sensação de segurança ao tomar rápido as curvas — contribuem os ótimos pneus Michelin Pilot Primacy. O carro só não gosta de lombadas, em que pode raspar a parte dianteira.
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Um conjunto atraente, mas um tanto caro: na faixa de R$ 150 mil há várias boas opções - até de carros grandes.
Tudo isso vem num carro bem-construído e com farta dotação de segurança, como bolsas infláveis frontais e laterais, encostos de cabeça dianteiros ativos e controles de tração e de estabilidade. O maior obstáculo é mesmo o preço: a R$ 149,9 mil, o pequeno Classe B fica na faixa de carros mais esportivos de outras marcas renomadas, como Audi A3 2,0 (200 cv, R$ 145,5 mil) e BMW 120i Top (150 cv, R$ 140 mil, ambos automáticos), embora ofereça mais espaço que eles. E, sem exigir tanto prestígio, pode-se chegar a um Honda Accord V6, Chevrolet Omega ou VW Passat Turbo sem superar o preço do pequeno Mercedes.
Ficha técnica |
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 83 x 94 mm. Cilindrada: 2.034 cm3. Taxa de compressão: 9:1. Injeção multiponto seqüencial, turbocompressor e resfriador de ar. Potência máxima: 193 cv a 5.000 rpm. Torque máximo: 28,5 m.kgf de 1.800 a 4.850 rpm. |
CÂMBIO - automático de variação contínua; tração dianteira. |
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS). |
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica. |
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, eixo rígido. |
RODAS - 6 x 16 pol; pneus, 205/55 R 16 V. |
DIMENSÕES - comprimento, 4,27 m; largura, 1,777 m; altura, 1,604 m; entreeixos, 2,778 m; capacidade do tanque, 54 l; porta-malas, 544 l; peso, 1.295 kg. |
DESEMPENHO - velocidade máxima, 218 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 8,2 s. |
Dados do fabricante; consumo não disponível |
Fonte:
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