Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
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Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
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Mercedes-Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força
POR - JULIANO "KOWALSKI" BARATA - 20 MAR, 2013 - 19:40
63
Seus números são macabros: 631 cv, 8.000 rpm, 1.550 kg, 315 km/h de máxima, 0 a 100 km/h em 3,6 s. Ele possui a melhor relação peso-potência da história dos AMG de rua: 2,45 kg/cv, quase igual aos 2,42 kg/cv da Ferrari 458 Italia. Suas reações ao volante são secas, cruas, diretas, cortantes – sem filtros. O SLS AMG Black Series é o extremo lado negro da força da Mercedes-Benz. Nós pilotamos ele no autódromo de Paul Ricard. E sobrevivemos.
O SLS AMG já era um carro incrível – uma espécie de híbrido entre supercarro e roadster para ser curtido sem compromisso. O sobrenome Black Series mutilou a última parte da frase anterior e jogou o naco de carne para o lado supercarro devorar. Acabou a moderação e a parcimônia – o gentleman driver se tornou um serial killer, um superesportivo de extrema performance feito para deixar o clubinho esnobe dos motores centrais-traseiros de cabelo em pé.
O carro
Mais potência (+61 cv), menos peso (-70 kg), mais aderência aerodinâmica e mecânica, tuning ainda mais agressivo de suspensão e de gerenciamento eletrônico. Este é o ritual de introdução ao SLS AMG Black Series. Agora, o convido a assistir os detalhes da receita em primeira pessoa, como se você estivesse lá:
Além de tudo o que você viu, o Mercedes-Benz ganhou componentes aerodinâmicos de fibra de carbono, bitolas mais largas (20 mm na frente e 24 mm atrás) para reduzir a transferência lateral de peso e suspensão 50% mais rígida na dianteira e 42% na traseira. Como cereja deste bolo de sangue, a relação do diferencial está 20% mais curta – com isso, o SLS AMG BS virou um psicopata em saídas de curva: sua nuca é martelada sem dó contra o encosto do banco, principalmente nas trocas de marcha!
E o ronco deste V8 big block a 8.000 rpm – 500 rotações acima da V8 Supercar australiana? Deixo a descrição para Mike Spinelli, big boss da matriz do Jalopnik: “é parte Lemmy, vocalista do Mötorhead, parte rajada de uma dúzia de metralhadoras M134 e parte Detroit Diesel 12V71, motor de caminhão dois tempos”. Vejam e ouçam o nosso vídeo onboard (mais abaixo) e digam se estamos errados…
A pista
O circuito de Le Castellet, ou simplesmente Paul Ricard, sediou várias provas da Fórmula 1 entre 1971 e 1990. Fica próximo a Marselha, costa mediterrânea da França. É um autódromo conhecido pela enorme reta de 1,8 km Mistral (à direita da foto) e pela sequência de curvas extremamente longas e com múltiplos pontos de tangência que a seguem. A configuração que usamos tinha 3.841 m, com traçado idêntico ao usado pela F1 na década de 1980, exceto por um “S” que tivemos de contornar no meio da Mistral.
Mastigue um punhado de pregos enferrujados, engula tudo e arremate com um gole de álcool puro. Esta é a sensação de pilotar este Black Series. Ele é o extremo oposto da impessoalidade eletrônica do Audi R8 – suas reações cruas, carnívoras, secas e nervosas em muito me lembram a Ferrari 458 Italia e o Porsche 911 GT3 997. Este é o tipo de carro em que o piloto é essencial – exige a sua participação e te retribui com uma experiência épica.
Mas há uma diferença em relação aos típicos superesportivos europeus: o motor central-dianteiro. Cara, como adoro carros com esta configuração! Em curvas de alta são mais equilibrados, em curvas fechadas apontam mais facilmente, transformam o trail braking e as saídas de curva em um divertido jogo de delicadeza. Trechos sinuosos são muito mais divertidos com carros bem equilibrados de peso sobre os eixos.
Fora os números da ficha técnica, a calibragem de suspensão muito mais rígida, os pneus maiores e melhores, os freios de carbono-cerâmica e o mapeamento de eletrônica bem mais agressivo, a maior diferença em relação ao SLS comum é o diferencial eletrônico. Diferentemente do sistema puramente mecânico do SLS de produção, o do Black Series é capaz de liberar totalmente o bloqueio em certas condições. Com isso, anula-se o sub-esterço (saída de frente) nas entradas de curva. E em arrancadas, ele consegue bloquear até 60% da tração – ou seja, temos o melhor dos mundos.
Aqui, não há elegância, não há censura eletrônica, não há carinho em suas costas. Este SLS não tem nada da graciosidade dos Mercedes-Benz – você sente cada pixel de textura do asfalto transmitido ao volante, todos os degraus das zebras esmurram a sua coluna e há uma série de barulhos típicos de carro de corrida: estalos de alumínio, uma metralhadora de pipocos no sistema de escape ao aliviar o acelerador e um urro incrivelmente alto dos pneus. Cru é pouco. Ele é vivo.
Há alguns meses, dissemos que o SLS Black Series iria te matar em seus sonhos. É verdade. E digo mais: sonhem com ele. É um caminho sem volta.
Ficha Técnica
Motor: V8 aspirado, longitudinal, 6.208 cm³, 32V, cabeçotes com duplo comando variável de válvulas, injeção multiponto, gasolina
Potência: 631 cv a 7.400 rpm (corte de giro a 8.000 rpm)
Torque: 64,7 mkgf a 5.500 rpm
Transmissão: automatizada de dupla embreagem, sete marchas, tração traseira
Suspensão: Dianteira e traseira do tipo duplo A
Freios: Discos ventilados de carbono-cerâmica na frente e atrás
Pneus: Michelin Pilot Sport Cup 2, 275/35 R19 (dianteiros) e 325/30 R20 (traseiros)
Dimensões: 4,64 m de comprimento, 1,97 m de largura, 1,26 m de altura e 2,68 m de entre-eixos
Peso: 1.550 kg
Itens de série: faróis de xenônio, ar-condicionado digital com duas zonas, regulagem elétrica na coluna de direção, revestimento em couro, oito airbags, freios ABS com EBD, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, sistema multimídia com CD/MP3, sistema keyless para entrada e partida
Garantia: dois anos
Preço: R$ 1.000.000 (estimado – chegada prevista para o fim deste ano)
Mercedes-Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força
POR - JULIANO "KOWALSKI" BARATA - 20 MAR, 2013 - 19:40
63
Seus números são macabros: 631 cv, 8.000 rpm, 1.550 kg, 315 km/h de máxima, 0 a 100 km/h em 3,6 s. Ele possui a melhor relação peso-potência da história dos AMG de rua: 2,45 kg/cv, quase igual aos 2,42 kg/cv da Ferrari 458 Italia. Suas reações ao volante são secas, cruas, diretas, cortantes – sem filtros. O SLS AMG Black Series é o extremo lado negro da força da Mercedes-Benz. Nós pilotamos ele no autódromo de Paul Ricard. E sobrevivemos.
O SLS AMG já era um carro incrível – uma espécie de híbrido entre supercarro e roadster para ser curtido sem compromisso. O sobrenome Black Series mutilou a última parte da frase anterior e jogou o naco de carne para o lado supercarro devorar. Acabou a moderação e a parcimônia – o gentleman driver se tornou um serial killer, um superesportivo de extrema performance feito para deixar o clubinho esnobe dos motores centrais-traseiros de cabelo em pé.
O carro
Mais potência (+61 cv), menos peso (-70 kg), mais aderência aerodinâmica e mecânica, tuning ainda mais agressivo de suspensão e de gerenciamento eletrônico. Este é o ritual de introdução ao SLS AMG Black Series. Agora, o convido a assistir os detalhes da receita em primeira pessoa, como se você estivesse lá:
Além de tudo o que você viu, o Mercedes-Benz ganhou componentes aerodinâmicos de fibra de carbono, bitolas mais largas (20 mm na frente e 24 mm atrás) para reduzir a transferência lateral de peso e suspensão 50% mais rígida na dianteira e 42% na traseira. Como cereja deste bolo de sangue, a relação do diferencial está 20% mais curta – com isso, o SLS AMG BS virou um psicopata em saídas de curva: sua nuca é martelada sem dó contra o encosto do banco, principalmente nas trocas de marcha!
E o ronco deste V8 big block a 8.000 rpm – 500 rotações acima da V8 Supercar australiana? Deixo a descrição para Mike Spinelli, big boss da matriz do Jalopnik: “é parte Lemmy, vocalista do Mötorhead, parte rajada de uma dúzia de metralhadoras M134 e parte Detroit Diesel 12V71, motor de caminhão dois tempos”. Vejam e ouçam o nosso vídeo onboard (mais abaixo) e digam se estamos errados…
A pista
O circuito de Le Castellet, ou simplesmente Paul Ricard, sediou várias provas da Fórmula 1 entre 1971 e 1990. Fica próximo a Marselha, costa mediterrânea da França. É um autódromo conhecido pela enorme reta de 1,8 km Mistral (à direita da foto) e pela sequência de curvas extremamente longas e com múltiplos pontos de tangência que a seguem. A configuração que usamos tinha 3.841 m, com traçado idêntico ao usado pela F1 na década de 1980, exceto por um “S” que tivemos de contornar no meio da Mistral.
Mastigue um punhado de pregos enferrujados, engula tudo e arremate com um gole de álcool puro. Esta é a sensação de pilotar este Black Series. Ele é o extremo oposto da impessoalidade eletrônica do Audi R8 – suas reações cruas, carnívoras, secas e nervosas em muito me lembram a Ferrari 458 Italia e o Porsche 911 GT3 997. Este é o tipo de carro em que o piloto é essencial – exige a sua participação e te retribui com uma experiência épica.
Mas há uma diferença em relação aos típicos superesportivos europeus: o motor central-dianteiro. Cara, como adoro carros com esta configuração! Em curvas de alta são mais equilibrados, em curvas fechadas apontam mais facilmente, transformam o trail braking e as saídas de curva em um divertido jogo de delicadeza. Trechos sinuosos são muito mais divertidos com carros bem equilibrados de peso sobre os eixos.
Fora os números da ficha técnica, a calibragem de suspensão muito mais rígida, os pneus maiores e melhores, os freios de carbono-cerâmica e o mapeamento de eletrônica bem mais agressivo, a maior diferença em relação ao SLS comum é o diferencial eletrônico. Diferentemente do sistema puramente mecânico do SLS de produção, o do Black Series é capaz de liberar totalmente o bloqueio em certas condições. Com isso, anula-se o sub-esterço (saída de frente) nas entradas de curva. E em arrancadas, ele consegue bloquear até 60% da tração – ou seja, temos o melhor dos mundos.
Aqui, não há elegância, não há censura eletrônica, não há carinho em suas costas. Este SLS não tem nada da graciosidade dos Mercedes-Benz – você sente cada pixel de textura do asfalto transmitido ao volante, todos os degraus das zebras esmurram a sua coluna e há uma série de barulhos típicos de carro de corrida: estalos de alumínio, uma metralhadora de pipocos no sistema de escape ao aliviar o acelerador e um urro incrivelmente alto dos pneus. Cru é pouco. Ele é vivo.
Há alguns meses, dissemos que o SLS Black Series iria te matar em seus sonhos. É verdade. E digo mais: sonhem com ele. É um caminho sem volta.
Ficha Técnica
Motor: V8 aspirado, longitudinal, 6.208 cm³, 32V, cabeçotes com duplo comando variável de válvulas, injeção multiponto, gasolina
Potência: 631 cv a 7.400 rpm (corte de giro a 8.000 rpm)
Torque: 64,7 mkgf a 5.500 rpm
Transmissão: automatizada de dupla embreagem, sete marchas, tração traseira
Suspensão: Dianteira e traseira do tipo duplo A
Freios: Discos ventilados de carbono-cerâmica na frente e atrás
Pneus: Michelin Pilot Sport Cup 2, 275/35 R19 (dianteiros) e 325/30 R20 (traseiros)
Dimensões: 4,64 m de comprimento, 1,97 m de largura, 1,26 m de altura e 2,68 m de entre-eixos
Peso: 1.550 kg
Itens de série: faróis de xenônio, ar-condicionado digital com duas zonas, regulagem elétrica na coluna de direção, revestimento em couro, oito airbags, freios ABS com EBD, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, sistema multimídia com CD/MP3, sistema keyless para entrada e partida
Garantia: dois anos
Preço: R$ 1.000.000 (estimado – chegada prevista para o fim deste ano)
Gustavo Vanesghick- Usuário Platina
- Mensagens : 2196
Data de inscrição : 06/08/2012
Idade : 50
Re: Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
Simplesmente maravilhoso.
ZIG MASTER- Usuário Platina
- Mensagens : 3509
Data de inscrição : 06/08/2012
Re: Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
Não sei o que eu gostei mais, do carro ou do circuito.
1,8 KM de pé em baixo com essa black series, que adrenalina!.
1,8 KM de pé em baixo com essa black series, que adrenalina!.
Marcelo- Usuário Prata
- Mensagens : 390
Data de inscrição : 06/08/2012
Idade : 54
Re: Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
Para satisfazer os mais altos sonhos de consumo!!!
MARIOSLK- Usuário Iniciante
- Mensagens : 23
Data de inscrição : 06/08/2012
Idade : 87
Re: Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
Belo video Gustavo! O som é de arrepiar!
Alfege- Usuário Bronze
- Mensagens : 126
Data de inscrição : 11/02/2013
Idade : 59
Re: Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
Impressionante!
Parabéns por nos proporcionar esse vídeo!
Abs
Parabéns por nos proporcionar esse vídeo!
Abs
rxavier- Usuário Ouro
- Mensagens : 508
Data de inscrição : 06/08/2012
Idade : 45
Re: Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
Mercedes né!
E o ronco do motor...
E o ronco do motor...
AEP- Usuário Platina
- Mensagens : 17010
Data de inscrição : 05/08/2012
Idade : 51
Re: Mercedes Benz SLS AMG Black Series: o extremo lado negro da força.
Gustavo, seria mais legal você publicar apenas um trecho da matéria, ou mesmo uma recomendação sua e encaminhar os confrades para o site. É a audiência que proporciona todo esse conteúdo que você adora ler. Sem ela o site morre e todos perdem.
Espero que compreenda.
Espero que compreenda.
Elchfan- Usuário Prata
- Mensagens : 317
Data de inscrição : 07/08/2012
Idade : 42
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