Falta de torque na c180k
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Luiz Pinheiro
rodrigoms2
mauro cesar
De Ranieri
ZIG MASTER
Cowboybootssp
10 participantes
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Falta de torque na c180k
Estou achando muito estranho o comportamento da minha. Em subidas íngremes, tem que dar uma bela pisada no acelerador, até ganhar uma certa rotação para que o compressor encha e o torque apareça. Parece aqueles carros pesadões que não tem força o suficiente. Mas, quando o cambio resolve reduzir, toda a força aparece do nada. É assim mesmo? Não deveria ter uma curva de torque mais pronunciada em baixas também?
Fico com receio de,ultrapassar um veiculo mais lento, com medo de que o carro sacaneie e não acelere na hora em que mais se precisa!
Na parte de motor, aparentemente não há falhas nem erros.
Fico com receio de,ultrapassar um veiculo mais lento, com medo de que o carro sacaneie e não acelere na hora em que mais se precisa!
Na parte de motor, aparentemente não há falhas nem erros.
Cowboybootssp- Usuário Iniciante
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 21/05/2013
Idade : 58
Re: Falta de torque na c180k
Cowboy,
Não pode ser considerado normal o comportamento do seu carro, no que diz respeito a potencia.
Quanto ao "Leg" é normal em todos os carros Kompressor, porém através do teclado do computador, é impossível mensurar o desempenho, o que me impede de estabelecer um melhor diagnóstico.
Experimente utilizar o cambio manualmente e veja se o problema permanece.
Apenas como elemento de comparação, a minha C180K é muito rápida e tem um torque excelente.
Não pode ser considerado normal o comportamento do seu carro, no que diz respeito a potencia.
Quanto ao "Leg" é normal em todos os carros Kompressor, porém através do teclado do computador, é impossível mensurar o desempenho, o que me impede de estabelecer um melhor diagnóstico.
Experimente utilizar o cambio manualmente e veja se o problema permanece.
Apenas como elemento de comparação, a minha C180K é muito rápida e tem um torque excelente.
ZIG MASTER- Usuário Platina
- Mensagens : 3509
Data de inscrição : 06/08/2012
Re: Falta de torque na c180k
Isto deve ser problema no software, passe o carro no star d., as vezes só um reset já resolve o problema.
De Ranieri- Usuário Prata
- Mensagens : 266
Data de inscrição : 22/03/2013
Idade : 49
Re: Falta de torque na c180k
De Ranieri,
Vc está correto, acho que o Cowboy deve em primeiro lugar passar o carro no Star, para que seja verificada e estabelecida a normalidade de funcionamento.
Aliás, o motor M271, permite uma série de "up grades", fazendo com que a potencia nominal de 143 HP (no caso da W203 180K), possa ser sensivelmente alterado para maior potencia.
Por sinal, é o caso da minha o que me levou a fazer um tópico intitulado, "C180 K andando muito mais que o normal", onde tal fato é abordado.
Vc está correto, acho que o Cowboy deve em primeiro lugar passar o carro no Star, para que seja verificada e estabelecida a normalidade de funcionamento.
Aliás, o motor M271, permite uma série de "up grades", fazendo com que a potencia nominal de 143 HP (no caso da W203 180K), possa ser sensivelmente alterado para maior potencia.
Por sinal, é o caso da minha o que me levou a fazer um tópico intitulado, "C180 K andando muito mais que o normal", onde tal fato é abordado.
ZIG MASTER- Usuário Platina
- Mensagens : 3509
Data de inscrição : 06/08/2012
Re: Falta de torque na c180k
scaner e vela amigo , depois tu dis como ficou.
mauro cesar- Banido
- Mensagens : 54
Data de inscrição : 08/10/2012
Idade : 46
Re: Falta de torque na c180k
Mas, meus caros... O andando mais seria o mesmo que dizer "bebendo mais"? (Cavalo anda, cavalo come!)
Esse upgrade, ou parametrização, acredito, seja feito somente nas concessionárias, certo?
Vou acumular,então, mais algumas coisas para mandar fazer tudo de uma vez...
Esse upgrade, ou parametrização, acredito, seja feito somente nas concessionárias, certo?
Vou acumular,então, mais algumas coisas para mandar fazer tudo de uma vez...
Cowboybootssp- Usuário Iniciante
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 21/05/2013
Idade : 58
Re: Falta de torque na c180k
Zig, li o tópico.
Estou me sentindo absolutamente frustrado!
Sai de um Classe A completamente esperto, baixo consumo, pra uma banheira que não está fazendo jus a marca. Além do fato de não ter nenhuma experiência mais feliz com qualquer concessionária de outras marcas. Espero ser surpreendido, e não ser tratado como um Alien e ouvir que o que poderia esperar de um carro velho. Juro! Escutei isso de uma concessionária da GM, quando tive um Omega. Eles não tinham a menor noção do que tinha de errado com o cambio/motor dele, e ainda ouvi uma dessas. Vou tentar ver o que o pessoal da Caltabiano tem a dizer.
Estou me sentindo absolutamente frustrado!
Sai de um Classe A completamente esperto, baixo consumo, pra uma banheira que não está fazendo jus a marca. Além do fato de não ter nenhuma experiência mais feliz com qualquer concessionária de outras marcas. Espero ser surpreendido, e não ser tratado como um Alien e ouvir que o que poderia esperar de um carro velho. Juro! Escutei isso de uma concessionária da GM, quando tive um Omega. Eles não tinham a menor noção do que tinha de errado com o cambio/motor dele, e ainda ouvi uma dessas. Vou tentar ver o que o pessoal da Caltabiano tem a dizer.
Cowboybootssp- Usuário Iniciante
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 21/05/2013
Idade : 58
Re: Falta de torque na c180k
Passei na DIVENA, e o diagnóstico foi o de trocar os eletroímãs de acionamento dos comandos esquerdo e direito, além do Caldalímetro. Trocando em miúdos: o sensor MAF deve estar passando informações erradas para a injeção, além de ter algum problema com o acionamento do comando de válvulas.
Só achei ultrajante o preço: 5.800,00 pelo sensor MAF.
E como eles empurram mão de obra em coisas que não são necessárias.. trocar o filtro de ar da cabine, que é soltar 3 presilhas, cobram 200,00; e 400,00 para desapertar 3 parafusos para trocar uma bateria. Eu, hein!
Só achei ultrajante o preço: 5.800,00 pelo sensor MAF.
E como eles empurram mão de obra em coisas que não são necessárias.. trocar o filtro de ar da cabine, que é soltar 3 presilhas, cobram 200,00; e 400,00 para desapertar 3 parafusos para trocar uma bateria. Eu, hein!
Cowboybootssp- Usuário Iniciante
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 21/05/2013
Idade : 58
Re: Falta de torque na c180k
Será que o limpa contatos que se usa em eletrônica serve? Ou é algum tipo especial só para limpar MAF dos carros? Fico com medo de danificar...rodrigoms2 escreveu:Limpe o sensor maf borrifando com spray de limpa contatos....
Cowboybootssp- Usuário Iniciante
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 21/05/2013
Idade : 58
Re: Falta de torque na c180k
Sim pode usar... Acabei de fazer o serviço e ficou ótimo!
No tópico "faça você mesmo" detalhei o processo. Segue abaixo o link do tópico:
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
No tópico "faça você mesmo" detalhei o processo. Segue abaixo o link do tópico:
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Re: Falta de torque na c180k
Rodrigo não há necessidade de postar todo o procedimento novamente, apenas o link do tópico onde vc o descreveu já basta e não cria redundância.
Grato pelo tópico e pela compreensão.
Abs
Grato pelo tópico e pela compreensão.
Abs
Luiz Pinheiro- Usuário Platina
- Mensagens : 7443
Data de inscrição : 05/08/2012
Idade : 51
Re: Falta de torque na c180k
TODOS os sensores MAF possuem "autolimpeza" de suas lâminas.
Há muitas controversias sobre a utilização de sprays para limpeza desse componente.
O texto abaixo foi postado pelo Maluhy nesse post:
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Olhem que texto bacana, não consegui a fonte ,mas pelo sotaque é da boa terra,depois eu comento...
"Caudalímetro, Medidor de massa de ar, Debitómetro, AFM, MAF; são todas designações que se utilizam para identificar um dos componentes mais importantes e intervenientes na gestão dos motores modernos de injecção a gasolina ou diesel.
As MAFs funcionam, informando em tempo real a centralina de comando da gestão do motor, da massa de ar que passa no canal da admissão, intervindo por isso, no cálculo do avanço da abertura dos injectores, volume injectado, pressão da bomba de injecção (exceptocommon-rail) e pressão do turbo.
As MAF utilizadas pelas principais marcas de automóveis europeias, utilizam praticamente todas o mesmo princípio de funcionamento:
A MAF é composta de um corpo, onde para além de um segmento de conduta de admissão, também existe um sensor de massa de ar, respectiva placa de circuito electrónico de controlo e normalmente uma grelha de protecção ao sensor.
O sensor é composto de um filamento de liga de platina-tungsténio com uma espessura de 0.07 mm e com um comprimento de alguns centímetros, e varia a sua resistividade com a temperatura do ar.
As diferenças de resistividade é medidas atreves do cálculo em tempo real da tensão nos seus extremos.
Quando o motor está em funcionamento, o filamento é mantido a uma temperatura constantemente superior em 150 ºC em relação à temperatura do ar que passa por ele.
Este valor pode diferir ligeiramente consoante a marca e o país onde o carro é comercializado.
Quando o ar passa pelo filamento, a cada incremento de velocidade, corresponde uma diminuição de temperatura no filamento, e a cada decréscimo de velocidade do ar, corresponde um aumento de temperatura do filamento (dado que ele está constantemente a ser aquecido pela resistência auxiliar).
Essas diferenças de temperatura são registadas em tempo real por medição de tensão nos extremos do filamento, e depois de processada, essa informação é transmitida à centralina a qual em seguida cumpre a sua função de gerir o motor de acordo com os mapas que estejam a ser utilizados naquele instante.
O filamento é sensível a diferenças de temperatura da ordem de 0.05 a 0.1 ºC, portanto permite efectuar uma leitura fina da temperatura do ar que o atravessa.
Mas o que é que a temperatura tem a ver com massa e velocidade do ar?
Bom, quem anda de mota sabe perfeitamente, que a temperatura do ar, quando estamos parados é muito diferente de quando vamos a ripar!
Em movimento, o ar arrefece e quanto mais rápido mais frio se torna, sendo que fica menos frio quando decresce a velocidade.
Este fenómeno é válido para velocidades do ar até cerca da velocidade do som (340m/s), a partir daí, surge um outro fenómeno paralelo, que é a fricção a qual por atrito, começa fazer aquecer a superfície de contacto com os corpos que se desloquem no ar a essas velocidades. E de igual forma o mesmo princípio se aplica ao teor de humidade do ar. De facto, quanto mais húmido estiver o ar, para uma dada temperatura ambiente e em estado de repouso, maior o arrefecimento que provoca quando em movimento.
Com a pressão atmosférica, o filamento arrefece mais com maior densidade do ar (Altitudes baixas) e arrefece menos com menor densidade do ar (Altitudes altas).
Como todos estes parâmetros fazem variar a temperatura no filamento com diferentes ponderações, o que interessa é que este acaba por efectuar uma leitura conjugada dos três factores, permitindo, com muita precisão, determinar a massa de ar real que entra no motor.
Assim, a injecção está sempre a funcionar de acordo com todos os factores atmosféricos, sendo auto-ajustável.
Desta forma, para cada acréscimo ou diminuição de temperatura do filamento, provocado pelo ar entrando na admissão, o filamento arrefece mais ou menos, depois comunica essa diferença à resistência auxiliar que o aquece mais ou menos para o manter sempre à temperatura desejada (150ºC acima da temperatura ambiente).
Por fim, dado que para cada valor de variação de tensão da resistência auxiliar, corresponde um dado valor de velocidade que multiplicado pela secção da conduta, fornece o caudal, e dado que a massa é igual ao caudal a multiplicar pela densidade específica do ar, então neste momento a Dª Centralina possui todos os ingredientes para fazer a sua de Injecção à Moda do Diesel, ou do Otto.
Tenho visto muitos posts dizendo como se limpa a MAF, que a MAF está suja, etc.
Ora bem, vamos lá desmistificar isto.
O filamento sensor da MAF já possui um dispositivo de auto-limpeza!
Esse dispositivo actua da seguinte forma:
Quando o motor está em funcionamento, o filamento encontra-se constantemente a 150ºC acima da temperatura ambiente. Quando desligamos o motor, a MAF procede a uma limpeza Pirolítica, sendo que a resistência auxiliar aquece instantaneamente (tal como uma vela de incandescência, mas muito mais pequena) o filamento até cerca de 1.000 ºC durante cerca de 10 segundos.
Com isso, todos os resíduos de carvão, óleo ou fuligem de qualquer espécie são literalmente vaporizados. Por isso, quando a MAF se avaria, das duas uma:
Ou é o filamento que se fundiu ( tal como uma lâmpada de incandescência se funde regularmente), ou é a resistência auxiliar que deu o berro (dado que já não lhe faz a limpeza Pirolítica).
Assim, nada de andarem a esfregar e a escovar o filamento ou a dar-lhe com sprays, etc.
Isso, não lhe faz nada, dado que se o sistema estiver a funcionar em condições, o filamento já está limpo, sendo que assim, mais cedo o deterioram, por ataque químico e agressão mecânica (estamos a falar de um filamento com 0.07 mm de espessura).
O que se pode e deve limpar com frequência, é a grelha de protecção do sensor (MAF screen), a qual tem alguma tendência para ganhar resíduos no seu reticulado e assim criar condições de turbulência indesejada, ao qual o filamento, em virtude da sua pequeníssima secção, é muito sensível, enviando sinais ligeiramente alterados e intermitentes à centralina (provoca soluçar durante a aceleração em algumas rotações onde surge a turbulência).
Dado que o filamento efectua a sua auto-limpeza aquecendo até aos 1.000ºC durante 10 segundos após cada desligar do motor, e que necessita de cerca de 30 segundos para arrefecer abaixo dos 150ºC, o que é que acontece quando desligamos o motor e o voltamos a ligar antes de decorridos cerca de 40 segundos?
Isso mesmo!
Provocamos uma sobrecarga térmica momentânea no filamento, que lhe vai provocando deterioração prematura, dado que se ligarmos o motor antes do filamento ter tempo de arrefecer, a primeira coisa que o sistema faz é aquecê-lo logo para mais 150 ºC, mas como ele ainda vinha para aí nos 400 ou 500º C, calor + calor igual a um calor dos diabos! e vai daí PPPUUUFFF!!, MAF pó lixo, passa para cá mais 350 euros!!
Por isso, não liguem o motor novamente antes de terem decorrido cerca de 40 segundos a 1 minuto depois de o terem desligado. Acontece mais vezes do que se pensa.
Também não liguem várias vezes a chave até à posição 2 ou como se costuma dizer "ignição ligada, injecção ligada, check up, luzes do tablier acessas, etc."
Cada vez que o fizerem, estão a ligar as velas de incandescência de pré-aquecimento do motor, no caso dos diesel, gastando energia desnecessária e no caso geral estão também a aquecer o filamento da MAF repetidamente até mais ou menos aos 170 ºC (Temperatura ambiente+150ºC) e depois quando desligam estão a aquecê-lo até aos 1.000 ºC, provocando acumulação de carga térmica no filamento que o deteriora prematuramente.
Agora já começam a compreender porque é que as MAF, de vez em quando, fazem ppuufff ? Pois é!...
É lógico que às vezes a falha pode ser por causa da tal resistência auxiliar do filamento, mas que pode ser substituída muito economicamente. O filamento é que não dá hipótese. É logo, "vai comprar outra" ! "
Há muitas controversias sobre a utilização de sprays para limpeza desse componente.
O texto abaixo foi postado pelo Maluhy nesse post:
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Olhem que texto bacana, não consegui a fonte ,mas pelo sotaque é da boa terra,depois eu comento...
"Caudalímetro, Medidor de massa de ar, Debitómetro, AFM, MAF; são todas designações que se utilizam para identificar um dos componentes mais importantes e intervenientes na gestão dos motores modernos de injecção a gasolina ou diesel.
As MAFs funcionam, informando em tempo real a centralina de comando da gestão do motor, da massa de ar que passa no canal da admissão, intervindo por isso, no cálculo do avanço da abertura dos injectores, volume injectado, pressão da bomba de injecção (exceptocommon-rail) e pressão do turbo.
As MAF utilizadas pelas principais marcas de automóveis europeias, utilizam praticamente todas o mesmo princípio de funcionamento:
A MAF é composta de um corpo, onde para além de um segmento de conduta de admissão, também existe um sensor de massa de ar, respectiva placa de circuito electrónico de controlo e normalmente uma grelha de protecção ao sensor.
O sensor é composto de um filamento de liga de platina-tungsténio com uma espessura de 0.07 mm e com um comprimento de alguns centímetros, e varia a sua resistividade com a temperatura do ar.
As diferenças de resistividade é medidas atreves do cálculo em tempo real da tensão nos seus extremos.
Quando o motor está em funcionamento, o filamento é mantido a uma temperatura constantemente superior em 150 ºC em relação à temperatura do ar que passa por ele.
Este valor pode diferir ligeiramente consoante a marca e o país onde o carro é comercializado.
Quando o ar passa pelo filamento, a cada incremento de velocidade, corresponde uma diminuição de temperatura no filamento, e a cada decréscimo de velocidade do ar, corresponde um aumento de temperatura do filamento (dado que ele está constantemente a ser aquecido pela resistência auxiliar).
Essas diferenças de temperatura são registadas em tempo real por medição de tensão nos extremos do filamento, e depois de processada, essa informação é transmitida à centralina a qual em seguida cumpre a sua função de gerir o motor de acordo com os mapas que estejam a ser utilizados naquele instante.
O filamento é sensível a diferenças de temperatura da ordem de 0.05 a 0.1 ºC, portanto permite efectuar uma leitura fina da temperatura do ar que o atravessa.
Mas o que é que a temperatura tem a ver com massa e velocidade do ar?
Bom, quem anda de mota sabe perfeitamente, que a temperatura do ar, quando estamos parados é muito diferente de quando vamos a ripar!
Em movimento, o ar arrefece e quanto mais rápido mais frio se torna, sendo que fica menos frio quando decresce a velocidade.
Este fenómeno é válido para velocidades do ar até cerca da velocidade do som (340m/s), a partir daí, surge um outro fenómeno paralelo, que é a fricção a qual por atrito, começa fazer aquecer a superfície de contacto com os corpos que se desloquem no ar a essas velocidades. E de igual forma o mesmo princípio se aplica ao teor de humidade do ar. De facto, quanto mais húmido estiver o ar, para uma dada temperatura ambiente e em estado de repouso, maior o arrefecimento que provoca quando em movimento.
Com a pressão atmosférica, o filamento arrefece mais com maior densidade do ar (Altitudes baixas) e arrefece menos com menor densidade do ar (Altitudes altas).
Como todos estes parâmetros fazem variar a temperatura no filamento com diferentes ponderações, o que interessa é que este acaba por efectuar uma leitura conjugada dos três factores, permitindo, com muita precisão, determinar a massa de ar real que entra no motor.
Assim, a injecção está sempre a funcionar de acordo com todos os factores atmosféricos, sendo auto-ajustável.
Desta forma, para cada acréscimo ou diminuição de temperatura do filamento, provocado pelo ar entrando na admissão, o filamento arrefece mais ou menos, depois comunica essa diferença à resistência auxiliar que o aquece mais ou menos para o manter sempre à temperatura desejada (150ºC acima da temperatura ambiente).
Por fim, dado que para cada valor de variação de tensão da resistência auxiliar, corresponde um dado valor de velocidade que multiplicado pela secção da conduta, fornece o caudal, e dado que a massa é igual ao caudal a multiplicar pela densidade específica do ar, então neste momento a Dª Centralina possui todos os ingredientes para fazer a sua de Injecção à Moda do Diesel, ou do Otto.
Tenho visto muitos posts dizendo como se limpa a MAF, que a MAF está suja, etc.
Ora bem, vamos lá desmistificar isto.
O filamento sensor da MAF já possui um dispositivo de auto-limpeza!
Esse dispositivo actua da seguinte forma:
Quando o motor está em funcionamento, o filamento encontra-se constantemente a 150ºC acima da temperatura ambiente. Quando desligamos o motor, a MAF procede a uma limpeza Pirolítica, sendo que a resistência auxiliar aquece instantaneamente (tal como uma vela de incandescência, mas muito mais pequena) o filamento até cerca de 1.000 ºC durante cerca de 10 segundos.
Com isso, todos os resíduos de carvão, óleo ou fuligem de qualquer espécie são literalmente vaporizados. Por isso, quando a MAF se avaria, das duas uma:
Ou é o filamento que se fundiu ( tal como uma lâmpada de incandescência se funde regularmente), ou é a resistência auxiliar que deu o berro (dado que já não lhe faz a limpeza Pirolítica).
Assim, nada de andarem a esfregar e a escovar o filamento ou a dar-lhe com sprays, etc.
Isso, não lhe faz nada, dado que se o sistema estiver a funcionar em condições, o filamento já está limpo, sendo que assim, mais cedo o deterioram, por ataque químico e agressão mecânica (estamos a falar de um filamento com 0.07 mm de espessura).
O que se pode e deve limpar com frequência, é a grelha de protecção do sensor (MAF screen), a qual tem alguma tendência para ganhar resíduos no seu reticulado e assim criar condições de turbulência indesejada, ao qual o filamento, em virtude da sua pequeníssima secção, é muito sensível, enviando sinais ligeiramente alterados e intermitentes à centralina (provoca soluçar durante a aceleração em algumas rotações onde surge a turbulência).
Dado que o filamento efectua a sua auto-limpeza aquecendo até aos 1.000ºC durante 10 segundos após cada desligar do motor, e que necessita de cerca de 30 segundos para arrefecer abaixo dos 150ºC, o que é que acontece quando desligamos o motor e o voltamos a ligar antes de decorridos cerca de 40 segundos?
Isso mesmo!
Provocamos uma sobrecarga térmica momentânea no filamento, que lhe vai provocando deterioração prematura, dado que se ligarmos o motor antes do filamento ter tempo de arrefecer, a primeira coisa que o sistema faz é aquecê-lo logo para mais 150 ºC, mas como ele ainda vinha para aí nos 400 ou 500º C, calor + calor igual a um calor dos diabos! e vai daí PPPUUUFFF!!, MAF pó lixo, passa para cá mais 350 euros!!
Por isso, não liguem o motor novamente antes de terem decorrido cerca de 40 segundos a 1 minuto depois de o terem desligado. Acontece mais vezes do que se pensa.
Também não liguem várias vezes a chave até à posição 2 ou como se costuma dizer "ignição ligada, injecção ligada, check up, luzes do tablier acessas, etc."
Cada vez que o fizerem, estão a ligar as velas de incandescência de pré-aquecimento do motor, no caso dos diesel, gastando energia desnecessária e no caso geral estão também a aquecer o filamento da MAF repetidamente até mais ou menos aos 170 ºC (Temperatura ambiente+150ºC) e depois quando desligam estão a aquecê-lo até aos 1.000 ºC, provocando acumulação de carga térmica no filamento que o deteriora prematuramente.
Agora já começam a compreender porque é que as MAF, de vez em quando, fazem ppuufff ? Pois é!...
É lógico que às vezes a falha pode ser por causa da tal resistência auxiliar do filamento, mas que pode ser substituída muito economicamente. O filamento é que não dá hipótese. É logo, "vai comprar outra" ! "
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Abraços,
Epicco
Moderador
Equipe Portal Mercedes Brasil
Epicco- Moderador
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Re: Falta de torque na c180k
Eu faria o procedimento do sensor maf. No mercado paralelo não é tão caro assim.
Marcelo Loureiro- Banido
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Re: Falta de torque na c180k
Bela aula Epicco.
Abraços
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cassio machado- Usuário Ouro
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Re: Falta de torque na c180k
Então..
Solucionado!
Comprei o sensor e mandei trocar. Ficou outro carro, sem dúvida! Ficou muito mais esperto.
O estranho é que o antigo deve ter queimado algum componente interno; medi a resistência dos filamentos e estão inteiros, como se estivesse tudo em ordem. E ligado ao carro, sinal zerado. Muito estranho.
Estranho também é ter esse sinal zerado e não acusar no painel mas só mostrar o erro quando leio a tabela da ECU.
Bem, dessa experiência só devo considerar que a Mercedes deve ter os engenheiros educados na Microsoft e os problemas decorrentes devem ser tratados da mesma maneira.
Solucionado!
Comprei o sensor e mandei trocar. Ficou outro carro, sem dúvida! Ficou muito mais esperto.
O estranho é que o antigo deve ter queimado algum componente interno; medi a resistência dos filamentos e estão inteiros, como se estivesse tudo em ordem. E ligado ao carro, sinal zerado. Muito estranho.
Estranho também é ter esse sinal zerado e não acusar no painel mas só mostrar o erro quando leio a tabela da ECU.
Bem, dessa experiência só devo considerar que a Mercedes deve ter os engenheiros educados na Microsoft e os problemas decorrentes devem ser tratados da mesma maneira.
Cowboybootssp- Usuário Iniciante
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 21/05/2013
Idade : 58
Re: Falta de torque na c180k
Boa tarde,Cowboy!!!
Qto pagou no MAF???
Qual a Km do seu carro???
Abs!
Qto pagou no MAF???
Qual a Km do seu carro???
Abs!
Fábio Cavef- Usuário Bronze
- Mensagens : 239
Data de inscrição : 27/08/2012
Idade : 51
Re: Falta de torque na c180k
Paguei 1.879, e o carro está com 104.970km
Cowboybootssp- Usuário Iniciante
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Data de inscrição : 21/05/2013
Idade : 58
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