Neto de Henry Ford morre nos EUA
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Neto de Henry Ford morre nos EUA
"Neto de Henry Ford morre nos EUA aos 88 anos.
William de Clay Ford Sr. foi vítima de pneumonia e morreu em casa. Executivo trabalhou na empresa fundada por Henry Ford por 57 anos.
William de Clay Ford Sr., o último neto vivo do fundador da Ford Motor, Henry Ford, morreu neste domingo (9) aos 88 anos por causa de uma pneumonia, comunicou a empresa norte-americana.
Ford, proprietário do Detroit Lions, da Liga Nacional de Futebol, e pai de William Clay Ford Jr., atual presidente-executivo da montadora, morreu em sua residência no subúrbio de Detroit Grosse Pointe Shores.
Diretor emérito da montadora no momento da sua morte, entrou para a empresa depois de se formar pela Universidade de Yale em 1949 e passou 57 anos trabalhando para a fabricante de automóveis fundada por seu avô.
"Meu pai era um grande líder empresarial e uma pessoa carinhosa que dedicou sua vida à empresa e para a comunidade", disse William Jr. em um comunicado divulgado pela Ford. "Foi também um homem de família maravilhoso, um marido, pai, avô e bisavô amoroso. Aqueles que o conheciam vão sentir falta dele, mas ele continuará a inspirar a todos nós", acrescentou.
Ford comprou o Detroit Lions em 1963 e foi presidente da equipe até a sua morte".
Fonte: http://g1.globo.com/carros/noticia/2014/03/neto-de-henry-ford-morre-nos-eua-aos-88-anos.html
William de Clay Ford Sr. foi vítima de pneumonia e morreu em casa. Executivo trabalhou na empresa fundada por Henry Ford por 57 anos.
William de Clay Ford Sr., o último neto vivo do fundador da Ford Motor, Henry Ford, morreu neste domingo (9) aos 88 anos por causa de uma pneumonia, comunicou a empresa norte-americana.
Ford, proprietário do Detroit Lions, da Liga Nacional de Futebol, e pai de William Clay Ford Jr., atual presidente-executivo da montadora, morreu em sua residência no subúrbio de Detroit Grosse Pointe Shores.
Diretor emérito da montadora no momento da sua morte, entrou para a empresa depois de se formar pela Universidade de Yale em 1949 e passou 57 anos trabalhando para a fabricante de automóveis fundada por seu avô.
"Meu pai era um grande líder empresarial e uma pessoa carinhosa que dedicou sua vida à empresa e para a comunidade", disse William Jr. em um comunicado divulgado pela Ford. "Foi também um homem de família maravilhoso, um marido, pai, avô e bisavô amoroso. Aqueles que o conheciam vão sentir falta dele, mas ele continuará a inspirar a todos nós", acrescentou.
Ford comprou o Detroit Lions em 1963 e foi presidente da equipe até a sua morte".
Fonte: http://g1.globo.com/carros/noticia/2014/03/neto-de-henry-ford-morre-nos-eua-aos-88-anos.html
AEP- Usuário Platina
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Idade : 51
Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Uma grande perda.....Hj raríssimo de ver uma empresa tão tradicional e antiga nas mãos de seus fundadore, filhos e neto!!!!
A Ford sempre foi conservadora em seus produtos, sempre priorizou o luxo e o bom acabamento.....e o seu símbolo OVAL resistiu há décadas inalterado, tanto é que é a logomarca mais conhecida mundialmente, mais que Coca-Cola, mais que MC donalds, mais que a estrela da MB, enfim uma marca de sucesso e mta, mta tradição!
A Ford sempre foi conservadora em seus produtos, sempre priorizou o luxo e o bom acabamento.....e o seu símbolo OVAL resistiu há décadas inalterado, tanto é que é a logomarca mais conhecida mundialmente, mais que Coca-Cola, mais que MC donalds, mais que a estrela da MB, enfim uma marca de sucesso e mta, mta tradição!
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1980 Mercedes-Benz 300 TD "Laranjinha" com interior Beige (S123)
1988 Mercedes-Benz 560 SEL Azul marinho com interior Cinza (W126)
1994 Mercedes-Benz SL 320 Triple Royal Blue (R129)
1975 Mercedes-Benz 240D Azul Bebê com interior em tecido azul (/8 ou W115D)
1976 Mercedes-Benz 450SL Cap Cana Green com interior Verde (R107)
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1954 CADILLAC FLEETWOOD SIXTY ESPECIAL SERIES
1960 CADILLAC FLEETWOOD SIXTY ESPECIAL SERIES
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Data de inscrição : 05/08/2012
Idade : 49
Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Sobre o tema, gostaria de comentar sobre uma curiosidade :
Alguns confrades de São Paulo, podem até já saber, mas a maioria desconhece que no bairro de Indianópolis, mais precisamente na Av. Piassanguaba 2.603. há uma churrascaria chamada Costela de Ouro que está no mesmo local há mais de 40 anos e que recebeu a visita ilustre de ninguém menos do que HENRY FORD II, em pessoa em 1981.
Para registrar a visita há em uma das paredes um grande quadro com a foto do "Patrão" sendo servido por um garçon com um enorme espeto misto....
E o registro deste dia não fica somente na foto.... Ele foi levado lá por diretores da Ford , os quais na época eram amigos do antigo dono, um comandante de aviação, aposentado e perguntaram ao Mr. Ford o que ele desejaria para almoço em um dos dias da visita e ele respondeu.... churrasco e caipirinha !!
Para não desagradar o patrão... levaram-no ao Costela de Ouro do antigo amigo comandante.
Henry Ford II gostou tanto da carne (a qual realmente é excelente) e do atendimento do garçon que o serviu anunciando " Vai mais um pedacinho de picanha "Seu" Ford ?" O qual , ao retornar para os EUA, enviou uma carta ao dono do estabelecimento elogiando muito o almoço e agradecendo o tratamento recebido !!!
Esta carta, assinada pelo próprio, está afixada no mesmo quadro exposto com a foto e uma tradução ao lado !!
Vale a pena ir até lá para conferir ! O local é bem simples, mas muito movimentado. A carne é muito boa e os garçons bastante experientes (para não dizer antigos) ....
Alguns confrades de São Paulo, podem até já saber, mas a maioria desconhece que no bairro de Indianópolis, mais precisamente na Av. Piassanguaba 2.603. há uma churrascaria chamada Costela de Ouro que está no mesmo local há mais de 40 anos e que recebeu a visita ilustre de ninguém menos do que HENRY FORD II, em pessoa em 1981.
Para registrar a visita há em uma das paredes um grande quadro com a foto do "Patrão" sendo servido por um garçon com um enorme espeto misto....
E o registro deste dia não fica somente na foto.... Ele foi levado lá por diretores da Ford , os quais na época eram amigos do antigo dono, um comandante de aviação, aposentado e perguntaram ao Mr. Ford o que ele desejaria para almoço em um dos dias da visita e ele respondeu.... churrasco e caipirinha !!
Para não desagradar o patrão... levaram-no ao Costela de Ouro do antigo amigo comandante.
Henry Ford II gostou tanto da carne (a qual realmente é excelente) e do atendimento do garçon que o serviu anunciando " Vai mais um pedacinho de picanha "Seu" Ford ?" O qual , ao retornar para os EUA, enviou uma carta ao dono do estabelecimento elogiando muito o almoço e agradecendo o tratamento recebido !!!
Esta carta, assinada pelo próprio, está afixada no mesmo quadro exposto com a foto e uma tradução ao lado !!
Vale a pena ir até lá para conferir ! O local é bem simples, mas muito movimentado. A carne é muito boa e os garçons bastante experientes (para não dizer antigos) ....
Borg- Usuário Ouro
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Data de inscrição : 09/08/2012
Idade : 66
Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Que legal Borg!!!!! Essa eu, Fordeiro de carteirinha, não sabia!!!! Que máximo!!!!! Vc vê, a nossa imprensa automotiva ao invés de explorar e divulgar isso como um fato bacana e prestigioso junto aos canais de comunicação, sequer falam desse fato, que para mim não deixa de ser bacana.
Belo relato e obrigado por compartilhar, pois nada mais nada menos trata-se de uma das pessoas mais respeitadas no meio automobilístico mundial!!!
Valeu!!
Belo relato e obrigado por compartilhar, pois nada mais nada menos trata-se de uma das pessoas mais respeitadas no meio automobilístico mundial!!!
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Data de inscrição : 05/08/2012
Idade : 49
Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Realmente Elias, acho o tema interessante para o proprietário atual explorar, aposto que muitos programas automotivos que temos na TV hoje se interessariam em fazer uma reportagem....
Afinal o "Homem" era nada mais , nada menos do que o filho e herdeiro do Henry Ford I o qual entendo ter sido um dos homens mais importantes da história industrial mundial
Mas tudo bem.... se fosse um boteco visitado por algum jogador de futebol cachaceiro o qual deixou uns garranchos na parede, já estaria a midia toda publicando...
Afinal o "Homem" era nada mais , nada menos do que o filho e herdeiro do Henry Ford I o qual entendo ter sido um dos homens mais importantes da história industrial mundial
Mas tudo bem.... se fosse um boteco visitado por algum jogador de futebol cachaceiro o qual deixou uns garranchos na parede, já estaria a midia toda publicando...
Borg- Usuário Ouro
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Data de inscrição : 09/08/2012
Idade : 66
Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Borg, vc disse tudo!!!!! Até eu fiquei com vontade de ir nessa churrascaria!!1
Mas infelizmente uma nação que valoriza jogador cachaceiro, Funkeiro, MC´s fazendo danças sensuais com mulheres que se prestam a denegrir a imagem da mulher brasileira não só com suas roupas mas com a letras de suas músicas.......realmente eu queria ter nascido há 60 anos atrás.....
Mas infelizmente uma nação que valoriza jogador cachaceiro, Funkeiro, MC´s fazendo danças sensuais com mulheres que se prestam a denegrir a imagem da mulher brasileira não só com suas roupas mas com a letras de suas músicas.......realmente eu queria ter nascido há 60 anos atrás.....
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Borg
Ele não era filho do Ford, mas neto.
O filho do Henry Ford se chamava Edsel Ford, que era o pai do Henry Ford II que vinha ao Brasil nos anos 60/70.
Curioso que o governo americano no fim da guerra ficou preocupado com o futuro da Ford, o velho Henry estava senil e começou a fazer uma serie de besteiras e o filho Edsel havia falecido.
O neto dele Henry Ford II estava no exercito americano e tinha uns 20 e poucos anos. O governo convenceu o avo dele que ele deveria assumir a presidência da Ford e "arrumou" a baixa dele do exercito. Isso ocorreu ainda nos anos 40.
Acho que ele vinha bastante ao Brasil, já li que ele acompanhou o lançamento do Galaxie em 67, compra da Renault, enfim acho que ele gostava de caipirinha kkkk
Ele não era filho do Ford, mas neto.
O filho do Henry Ford se chamava Edsel Ford, que era o pai do Henry Ford II que vinha ao Brasil nos anos 60/70.
Curioso que o governo americano no fim da guerra ficou preocupado com o futuro da Ford, o velho Henry estava senil e começou a fazer uma serie de besteiras e o filho Edsel havia falecido.
O neto dele Henry Ford II estava no exercito americano e tinha uns 20 e poucos anos. O governo convenceu o avo dele que ele deveria assumir a presidência da Ford e "arrumou" a baixa dele do exercito. Isso ocorreu ainda nos anos 40.
Acho que ele vinha bastante ao Brasil, já li que ele acompanhou o lançamento do Galaxie em 67, compra da Renault, enfim acho que ele gostava de caipirinha kkkk
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Nesta foto ele esta com o avo, nos anos 40 quando assumiu a presidência da FORD. Era irmão do Willian Clay que esse post noticiou a morte.
Era presidente da Ford ou do conselho, quando o Mustang foi lançado em 1965, mas parece que odiava o Lee Iacocca e o ambiente era bem complicado.
Era presidente da Ford ou do conselho, quando o Mustang foi lançado em 1965, mas parece que odiava o Lee Iacocca e o ambiente era bem complicado.
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Idade : 62
Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Sem contar o grande investimento que Henry Ford fez no Brasil nos anos 20.......a Fordlandia....quem não se lembra......
Ford na Amazônia
Diante do aumento do preço do látex no início do século XX, o magnata da indústria automobilística decidiu criar sua própria fábrica de borracha no coração da floresta tropical brasileira. Nascia, assim, a Fordlândia.
Quando chega a noite, começam os ruídos e cantos de pássaros. Entre uma grande cisterna e uma pitoresca igreja de paredes brancas, a minúscula cidade de Fordlândia está mergulhada no nada. Seu único porto está deserto, com apenas dois barcos a motor amarrados. Um imponente hangar metálico, envolvido por cipós, recebe os improváveis visitantes vindos em lanchas. As três principais avenidas, de terra, são margeadas por casas de madeira, telha metálica e tijolo. A luz de alguns lampadários rasga a escuridão, criando reflexos em duas ou três motos. “É raro ver estrangeiros por aqui. Os últimos foram jornalistas britânicos que se aventuraram a contar a história do projeto do sr. Ford”, conta Luís, proprietário de uma das duas pousadas da região. “Como você pode ver, a Fordlândia é uma cidade fantasma. Não tem restaurante, não tem hotel, muito menos lojas de suvenires. Bem-vindo ao fim do mundo”, brinca. As acomodações se resumem a um quarto sóbrio, com duas camas de solteiro, e um banheiro sumário. E o barulho da floresta lá fora.
Nos anos 1920, o insano projeto de criar uma unidade de produção de borracha na Amazônia começou a germinar na cabeça de Henry Ford (1863-1947), o inventor da linha de montagem na indústria automobilística. Naquela época, o mercado do látex estava sob domínio dos ingleses, proprietários de gigantescas produções de seringueiras no sudeste da Ásia. O magnata americano dos automóveis, obrigado a desembolsar altas somas para conseguir a matéria-prima para a fabricação de seus pneus, decidiu acabar com o monopólio britânico. Ainda mais porque estava a ponto de lançar um novo modelo de carro, o Modelo A, substituto do lendário Modelo T – o que provavelmente aumentaria sua demanda por borracha.
Em um salão organizado no dia 9 de janeiro de 1928, em Nova York, o empreendedor confirmou o boato: sim, ele adquirira terras na Amazônia, às margens do rio Tapajós. E, sim, a Ford Motor Company cultivaria a Hevea brasiliensis nessa área de mais de 10 mil km2, quase tão extensa quanto Connecticut ou a ilha de Chipre. Uma cidade seria construída para receber os executivos americanos e os seringueiros, contratados durante a colheita da seiva e recrutados no local. Uma loucura? Não, parecia mais um braço de ferro com a natureza.
Material Importado
Os jornalistas e a opinião pública viram nesse projeto um afrontamento dantesco entre duas forças irredutíveis. De um lado, Ford, arauto da performance e da determinação do capitalismo americano. De outro, a Floresta Amazônica, indomável, fechada em seu mundo selvagem e misterioso. “Se a máquina, o trator, pode abrir uma brecha em um paredão verde da Floresta Amazônica, e se Ford conseguir plantar milhões de seringueiras onde não havia mais que a solidão da floresta, pode-se então dizer que a história romântica do látex ganhará um novo capítulo”, assinalava, então, um jornal alemão.
No Brasil, o milionário americano foi anunciado como um “messias”. Recebeu o apelido de “Moisés do Novo Mundo”. Sua vinda se tornou sinônimo de ressurreição da exploração da borracha, que havia entrado em decadência desde que a Inglaterra levara clandestinamente milhares de sementes de seringueira para criar as plantações em suas colônias na Ásia. Os habitantes locais já podiam se imaginar ao volante de um barulhento automóvel, rodando rumo a horizontes mais auspiciosos. “Vou, finalmente, aprender a dirigir!”, reagiu um índio ao anúncio da chegada da Ford.
A decisão de Ford de se voltar à América Latina para fundar uma unidade de produção depois da explosão do preço da borracha se baseou em um relatório feito por Carl Larue, um botânico da Universidade de Michigan, que descreveu o local ideal para cultivar a seringueira: uma zona de floresta perto do rio Tapajós. Por meio de seus advogados, Ford negociou uma concessão com o estado do Pará em outubro de 1927. O local, originalmente chamado Boa Vista, foi rebatizado de Fordlândia. Nascia então um novo braço da empresa americana: a Companhia Industrial do Brasil. Não faltava mais nada.
Em agosto de 1928, o navio a vapor Lake Ormoc partiu de Dearborn, feudo de Ford em Michigan, rebocando a embarcação Lake Farge, com todo o material necessário: galpões pré-fabricados, uma serralheria, uma central elétrica, tratores, uma loco-motiva com todo o equipamento e uma máquina para produzir gelo artificial. A ideia era instalar no meio da floresta toda a estrutura de uma vila no padrão norte-americano, com casas, escolas, hospitais, estação de tratamento de água e usina de geração de energia, central de rádio e telefonia e, claro, uma estrutura para beneficiamento de látex.
Incêndio acidental
Enquanto esperavam a chegada do comboio, W. L. reeves Blakeley e Jorge villares, os gerentes da futura colônia, realizavam os trabalhos de desmatamento. Sob sua supervisão, derrubavam-se árvores, e dezenas de hectares foram limpos. Estavam em plena estação de chuvas. Para queimar os dejetos, usavam querosene. Resultado: a floresta pegou fogo, forçando as onças, macacos e outros animais a fugir em um tumulto de gritos e cheiro de carne queimada. O fogaréu demorou dias até apagar. Mau agouro. Mas os problemas estavam só começando. Entre outubro e novembro, a temperatura chegava a 41 °C. Os homens trabalhavam sob um sol escaldante. Cobertos de suor, ficaram cheios de picadas de mosquitos e formigas. Além de sofrer com disenterias, infecções, picadas de cobra, entre outras agruras. O “inferno verde” parecia estar reivindicando seus direitos.
Reforços chegaram em dezembro. Blakeley, considerado um pouco ambicioso demais, foi substituído pelo capitão norueguês Einar Oxholm, descrito por um colega como um “homem grande” com uma “cabeça pequena”. O novo administrador não tinha nenhuma experiência de botânica ou de gerenciamento. Mas isso não importava. Ele era reputado por sua honestidade e poderia aprender na prática. Mas não contou com as condições de vida na Amazônia...
O escandinavo contratou muitos funcionários para atuar no local, mas todos acabavam abandonando seus postos, exaustos pelo trabalho árduo e assombrados com a chegada da estação seca (de julho a novembro), época dos mosquitos. Para motivar os moradores locais, Henry Ford prometia pagamentos de 25% a 35% superiores aos praticados na região. No meio da floresta, entretanto, isso não fazia muito sentido. Naquela época, a economia do rio Tapajós era baseada em trocas e no crédito. Ter dinheiro não representava muito – já que não havia muito que comprar.
Lei seca na selva
Era preciso criar a necessidade do dinheiro. Lojas, cafés e restaurantes começaram a surgir. Salas de jogos e bordéis foram abertos. Resultado: uma verdadeira favela de 5 mil almas se formou no meio da floresta. Einar Oxholm não podia acreditar. Estava diante de muita gente, muitos problemas e muitas seringueiras para plantar. E eis que, das profundezas de Michigan, Henry Ford começou a se preocupar em proibir o consumo de álcool no local.
O dono da Ford insistia para que a lei americana – Volstead Act –, de 28 de outubro de 1919, fosse aplicada em sua concessão brasileira a todos os empregados, americanos ou não. Quando o infeliz administrador tentou fechar os bares, os proprietários tentaram abri-los de novo em uma ilha bem em frente da Fordlândia. Foi desanimador. Ou tranquilizador, depende do ponto de vista. O próprio Oxholm tinha uma séria queda pela combinação de cachaça com limão, que lhe trazia forças para viver no local, descrito como “A Meca de todos os párias, incluindo os criminosos, do vale da Amazônia”.
Sólidos galpões foram construídos nessa época. A uma centena de metros do porto, existem até hoje dois deles. Iluminados por duas grandes janelas, foram invadidos pelo mato. Parece uma cena do filme Jurassic Park. Uma das construções era dedicada à produção de eletricidade. As chuvas e o mofo fizeram a madeira apodrecer, e hoje os aparelhos que ainda estão lá parecem esculturas primitivas. É possível ver um gerador com medidores da Weston Electrical Instrument Co., um enorme motor a diesel da marca Junkers e uma caldeira Mernak S.A. Máquinas, com cabos soltos e peças tortas, comidas pela ferrugem e pelo tempo. Rodas de tratores em um canto, carrocerias de veículos em outro. “Os americanos nunca se lançavam em um negócio sem garantias sólidas e a certeza de que ganhariam dinheiro. Henry Ford fez de tudo para garantir seu investimento no Brasil. Ele transplantou um pedaço dos Estados Unidos aqui. Galpões cheios de máquinas made in USA, cafeterias e até um sistema de encanamento para distribuir a água por todo o local”, descreve Wilson, guia local.
É verdade. De fato, as pretensões do industrial foram consideráveis. Ele se sentiu imbuído de uma missão “civilizadora”. Os seringueiros tinham horários baseados nas fábricas americanas, apesar das temperaturas locais. Usavam crachás e batiam cartão de ponto. No quesito lazer, eram “convidados” a assistir a festividades americanas organizadas nos finais de semana com a leitura de poemas, corais e bailes com música folclórica. Quem desobedecia podia ser punido.
Aos poucos, a tensão foi subindo na Fordlândia. Em dezembro de 1930, ocorreu uma revolta. Desgostosos com todas as restrições impostas e com as condições de vida – entre elas a “ração” servida no refeitório, com receitas americanas –, os seringueiros se rebelaram. Armados com facões, eles destruíram os símbolos de sua opressão, como os relógios de ponto e caminhonetes. Apavorados, os ad-ministradores bateram em retirada. Foi preciso a intervenção do exército brasileiro para o restabelecimento da ordem. Trinta líderes da rebelião foram presos, e todos os outros, fotografados e fichados.
Disney na Amazônia
No segundo galpão, é difícil abrir caminho entre as caminhonetes Ford abandonadas e os destroços de equipamentos hospitalares – lâmpadas cirúrgicas, leitos etc. Um fato surpreendente é que uma máquina de cortar ferro ainda está em funcionamento, mais de 80 anos depois, e praticamente sem manutenção. No segundo andar, uma imensa prateleira metálica sustenta caixas cheias de peças de reposição com a inscrição Standard Oil of Brazil.
Saindo do prédio, segue-se para o hospital. O edifício também está em ruínas: uma parte do teto afundou, as portas foram destruídas, assim como as paredes. As salas de esterilização e Raio X foram transformadas em imensas incubadoras de mosquitos.
Para chegar ao bairro reservado aos americanos é preciso se enfiar na floresta e andar por mais de um quilômetro. As casinhas são perfeitamente alinhadas ao longo de uma grande avenida. Há umas dez casas, um hotel, uma piscina, postes de luz e hidrantes da época. A casa mais importante, a número 1, era reservada a Henry Ford. Sem muita utilidade, já que ele nunca pôs os pés na Fordlândia.
Ford não teria, de fato, razão para ir até lá. Seu projeto foi, no final, um fiasco. As seringueiras tiveram dificuldade para crescer. O terreno rochoso era pouco fértil, e os milhares de árvores foram plantadas muito próximas umas das outras. Como se tudo isso não bastasse, um cogumelo devastou as plantações. Os dirigentes tentaram encontrar soluções. Chamaram um botânico em 1933. Tarde demais.
O orgulho de Henry Ford ficou abalado, mas ele não desistiu. Teimoso, tentou no ano seguinte iniciar a fundação de um novo local, batizado de Belterra, a 60 km de Santarém, para uma segunda tentativa. Um segundo fracasso. Mesmo com a “ajuda” de Walt Disney, que foi até lá para realizar o documentário The Amazon awakens, no qual funcionários da Ford jogavam golfe em um green impecável. Não adiantou. A produção de borracha continuou insignificante. Em 1942, a Companhia industrial do Brasil produziu 750 toneladas de látex – muito menos que as 38 mil toneladas utilizadas por Ford a cada ano.
O milionário americano teria in-vestido entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões nesse projeto. Uma soma faraônica, sobretudo quando se sabe que depois de sua morte, logo após a Segunda guerra Mundial, Henry Ford II, seu neto, novo presidente da companhia, vendeu Fordlândia e Belterra ao Estado brasileiro por meros US$ 250 mil. A floresta havia vencido. Por nocaute.
E mesmo perdendo milhões a Ford nunca se abalou financeiramente.
Na última crise americana enquanto GM encerrava operações da SAAB, Oldsmobile, Pontiac (uma cretinice sem tamanho), Chrysler encerrava a Plymouth e pediam socorro ao governo americano de bilhões de dólares, a Ford foi a única montadora que não pediu socorro ao governo nem dinheiro...se virou sozinha.
O resultado é o que ela é hj, uma grande marca, que erra como todas as outras, mas tem lastro e cautela nos seus investimentos....sem contar o logo quase imutável desde sua fundação.......carregando o nome do Fundador e de seus herdeiros ainda dirigentes.....muito orgulho. Não é a toa que o americano venera tbm essa marca.
Ford na Amazônia
Diante do aumento do preço do látex no início do século XX, o magnata da indústria automobilística decidiu criar sua própria fábrica de borracha no coração da floresta tropical brasileira. Nascia, assim, a Fordlândia.
Quando chega a noite, começam os ruídos e cantos de pássaros. Entre uma grande cisterna e uma pitoresca igreja de paredes brancas, a minúscula cidade de Fordlândia está mergulhada no nada. Seu único porto está deserto, com apenas dois barcos a motor amarrados. Um imponente hangar metálico, envolvido por cipós, recebe os improváveis visitantes vindos em lanchas. As três principais avenidas, de terra, são margeadas por casas de madeira, telha metálica e tijolo. A luz de alguns lampadários rasga a escuridão, criando reflexos em duas ou três motos. “É raro ver estrangeiros por aqui. Os últimos foram jornalistas britânicos que se aventuraram a contar a história do projeto do sr. Ford”, conta Luís, proprietário de uma das duas pousadas da região. “Como você pode ver, a Fordlândia é uma cidade fantasma. Não tem restaurante, não tem hotel, muito menos lojas de suvenires. Bem-vindo ao fim do mundo”, brinca. As acomodações se resumem a um quarto sóbrio, com duas camas de solteiro, e um banheiro sumário. E o barulho da floresta lá fora.
Nos anos 1920, o insano projeto de criar uma unidade de produção de borracha na Amazônia começou a germinar na cabeça de Henry Ford (1863-1947), o inventor da linha de montagem na indústria automobilística. Naquela época, o mercado do látex estava sob domínio dos ingleses, proprietários de gigantescas produções de seringueiras no sudeste da Ásia. O magnata americano dos automóveis, obrigado a desembolsar altas somas para conseguir a matéria-prima para a fabricação de seus pneus, decidiu acabar com o monopólio britânico. Ainda mais porque estava a ponto de lançar um novo modelo de carro, o Modelo A, substituto do lendário Modelo T – o que provavelmente aumentaria sua demanda por borracha.
Em um salão organizado no dia 9 de janeiro de 1928, em Nova York, o empreendedor confirmou o boato: sim, ele adquirira terras na Amazônia, às margens do rio Tapajós. E, sim, a Ford Motor Company cultivaria a Hevea brasiliensis nessa área de mais de 10 mil km2, quase tão extensa quanto Connecticut ou a ilha de Chipre. Uma cidade seria construída para receber os executivos americanos e os seringueiros, contratados durante a colheita da seiva e recrutados no local. Uma loucura? Não, parecia mais um braço de ferro com a natureza.
(C) Bettmann/Corbis/L atinstock |
Chalé reservado aos técnicos americanos que vieram ao Brasil para instalar o complexo industrial |
Os jornalistas e a opinião pública viram nesse projeto um afrontamento dantesco entre duas forças irredutíveis. De um lado, Ford, arauto da performance e da determinação do capitalismo americano. De outro, a Floresta Amazônica, indomável, fechada em seu mundo selvagem e misterioso. “Se a máquina, o trator, pode abrir uma brecha em um paredão verde da Floresta Amazônica, e se Ford conseguir plantar milhões de seringueiras onde não havia mais que a solidão da floresta, pode-se então dizer que a história romântica do látex ganhará um novo capítulo”, assinalava, então, um jornal alemão.
No Brasil, o milionário americano foi anunciado como um “messias”. Recebeu o apelido de “Moisés do Novo Mundo”. Sua vinda se tornou sinônimo de ressurreição da exploração da borracha, que havia entrado em decadência desde que a Inglaterra levara clandestinamente milhares de sementes de seringueira para criar as plantações em suas colônias na Ásia. Os habitantes locais já podiam se imaginar ao volante de um barulhento automóvel, rodando rumo a horizontes mais auspiciosos. “Vou, finalmente, aprender a dirigir!”, reagiu um índio ao anúncio da chegada da Ford.
A decisão de Ford de se voltar à América Latina para fundar uma unidade de produção depois da explosão do preço da borracha se baseou em um relatório feito por Carl Larue, um botânico da Universidade de Michigan, que descreveu o local ideal para cultivar a seringueira: uma zona de floresta perto do rio Tapajós. Por meio de seus advogados, Ford negociou uma concessão com o estado do Pará em outubro de 1927. O local, originalmente chamado Boa Vista, foi rebatizado de Fordlândia. Nascia então um novo braço da empresa americana: a Companhia Industrial do Brasil. Não faltava mais nada.
Em agosto de 1928, o navio a vapor Lake Ormoc partiu de Dearborn, feudo de Ford em Michigan, rebocando a embarcação Lake Farge, com todo o material necessário: galpões pré-fabricados, uma serralheria, uma central elétrica, tratores, uma loco-motiva com todo o equipamento e uma máquina para produzir gelo artificial. A ideia era instalar no meio da floresta toda a estrutura de uma vila no padrão norte-americano, com casas, escolas, hospitais, estação de tratamento de água e usina de geração de energia, central de rádio e telefonia e, claro, uma estrutura para beneficiamento de látex.
Museu Alemão, Munique |
Modelos estacionados em uma montadora na Alemanha. Para fabricar pneus para todos os 2 milhões de carros que produzia em um ano, Ford precisava de 38 mil toneladas de borracha |
Enquanto esperavam a chegada do comboio, W. L. reeves Blakeley e Jorge villares, os gerentes da futura colônia, realizavam os trabalhos de desmatamento. Sob sua supervisão, derrubavam-se árvores, e dezenas de hectares foram limpos. Estavam em plena estação de chuvas. Para queimar os dejetos, usavam querosene. Resultado: a floresta pegou fogo, forçando as onças, macacos e outros animais a fugir em um tumulto de gritos e cheiro de carne queimada. O fogaréu demorou dias até apagar. Mau agouro. Mas os problemas estavam só começando. Entre outubro e novembro, a temperatura chegava a 41 °C. Os homens trabalhavam sob um sol escaldante. Cobertos de suor, ficaram cheios de picadas de mosquitos e formigas. Além de sofrer com disenterias, infecções, picadas de cobra, entre outras agruras. O “inferno verde” parecia estar reivindicando seus direitos.
Reforços chegaram em dezembro. Blakeley, considerado um pouco ambicioso demais, foi substituído pelo capitão norueguês Einar Oxholm, descrito por um colega como um “homem grande” com uma “cabeça pequena”. O novo administrador não tinha nenhuma experiência de botânica ou de gerenciamento. Mas isso não importava. Ele era reputado por sua honestidade e poderia aprender na prática. Mas não contou com as condições de vida na Amazônia...
O escandinavo contratou muitos funcionários para atuar no local, mas todos acabavam abandonando seus postos, exaustos pelo trabalho árduo e assombrados com a chegada da estação seca (de julho a novembro), época dos mosquitos. Para motivar os moradores locais, Henry Ford prometia pagamentos de 25% a 35% superiores aos praticados na região. No meio da floresta, entretanto, isso não fazia muito sentido. Naquela época, a economia do rio Tapajós era baseada em trocas e no crédito. Ter dinheiro não representava muito – já que não havia muito que comprar.
Erika Onodera |
Era preciso criar a necessidade do dinheiro. Lojas, cafés e restaurantes começaram a surgir. Salas de jogos e bordéis foram abertos. Resultado: uma verdadeira favela de 5 mil almas se formou no meio da floresta. Einar Oxholm não podia acreditar. Estava diante de muita gente, muitos problemas e muitas seringueiras para plantar. E eis que, das profundezas de Michigan, Henry Ford começou a se preocupar em proibir o consumo de álcool no local.
O dono da Ford insistia para que a lei americana – Volstead Act –, de 28 de outubro de 1919, fosse aplicada em sua concessão brasileira a todos os empregados, americanos ou não. Quando o infeliz administrador tentou fechar os bares, os proprietários tentaram abri-los de novo em uma ilha bem em frente da Fordlândia. Foi desanimador. Ou tranquilizador, depende do ponto de vista. O próprio Oxholm tinha uma séria queda pela combinação de cachaça com limão, que lhe trazia forças para viver no local, descrito como “A Meca de todos os párias, incluindo os criminosos, do vale da Amazônia”.
Sólidos galpões foram construídos nessa época. A uma centena de metros do porto, existem até hoje dois deles. Iluminados por duas grandes janelas, foram invadidos pelo mato. Parece uma cena do filme Jurassic Park. Uma das construções era dedicada à produção de eletricidade. As chuvas e o mofo fizeram a madeira apodrecer, e hoje os aparelhos que ainda estão lá parecem esculturas primitivas. É possível ver um gerador com medidores da Weston Electrical Instrument Co., um enorme motor a diesel da marca Junkers e uma caldeira Mernak S.A. Máquinas, com cabos soltos e peças tortas, comidas pela ferrugem e pelo tempo. Rodas de tratores em um canto, carrocerias de veículos em outro. “Os americanos nunca se lançavam em um negócio sem garantias sólidas e a certeza de que ganhariam dinheiro. Henry Ford fez de tudo para garantir seu investimento no Brasil. Ele transplantou um pedaço dos Estados Unidos aqui. Galpões cheios de máquinas made in USA, cafeterias e até um sistema de encanamento para distribuir a água por todo o local”, descreve Wilson, guia local.
É verdade. De fato, as pretensões do industrial foram consideráveis. Ele se sentiu imbuído de uma missão “civilizadora”. Os seringueiros tinham horários baseados nas fábricas americanas, apesar das temperaturas locais. Usavam crachás e batiam cartão de ponto. No quesito lazer, eram “convidados” a assistir a festividades americanas organizadas nos finais de semana com a leitura de poemas, corais e bailes com música folclórica. Quem desobedecia podia ser punido.
(C) Colin McPherson/Corbis/Latinstock |
Cidade-fantasma: depois que o complexo foi desativado, na década de 1940, casas e galpões como este foram abandonados e hoje apodrecem em meio à floresta. |
Disney na Amazônia
No segundo galpão, é difícil abrir caminho entre as caminhonetes Ford abandonadas e os destroços de equipamentos hospitalares – lâmpadas cirúrgicas, leitos etc. Um fato surpreendente é que uma máquina de cortar ferro ainda está em funcionamento, mais de 80 anos depois, e praticamente sem manutenção. No segundo andar, uma imensa prateleira metálica sustenta caixas cheias de peças de reposição com a inscrição Standard Oil of Brazil.
Saindo do prédio, segue-se para o hospital. O edifício também está em ruínas: uma parte do teto afundou, as portas foram destruídas, assim como as paredes. As salas de esterilização e Raio X foram transformadas em imensas incubadoras de mosquitos.
Para chegar ao bairro reservado aos americanos é preciso se enfiar na floresta e andar por mais de um quilômetro. As casinhas são perfeitamente alinhadas ao longo de uma grande avenida. Há umas dez casas, um hotel, uma piscina, postes de luz e hidrantes da época. A casa mais importante, a número 1, era reservada a Henry Ford. Sem muita utilidade, já que ele nunca pôs os pés na Fordlândia.
Ford não teria, de fato, razão para ir até lá. Seu projeto foi, no final, um fiasco. As seringueiras tiveram dificuldade para crescer. O terreno rochoso era pouco fértil, e os milhares de árvores foram plantadas muito próximas umas das outras. Como se tudo isso não bastasse, um cogumelo devastou as plantações. Os dirigentes tentaram encontrar soluções. Chamaram um botânico em 1933. Tarde demais.
O orgulho de Henry Ford ficou abalado, mas ele não desistiu. Teimoso, tentou no ano seguinte iniciar a fundação de um novo local, batizado de Belterra, a 60 km de Santarém, para uma segunda tentativa. Um segundo fracasso. Mesmo com a “ajuda” de Walt Disney, que foi até lá para realizar o documentário The Amazon awakens, no qual funcionários da Ford jogavam golfe em um green impecável. Não adiantou. A produção de borracha continuou insignificante. Em 1942, a Companhia industrial do Brasil produziu 750 toneladas de látex – muito menos que as 38 mil toneladas utilizadas por Ford a cada ano.
O milionário americano teria in-vestido entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões nesse projeto. Uma soma faraônica, sobretudo quando se sabe que depois de sua morte, logo após a Segunda guerra Mundial, Henry Ford II, seu neto, novo presidente da companhia, vendeu Fordlândia e Belterra ao Estado brasileiro por meros US$ 250 mil. A floresta havia vencido. Por nocaute.
E mesmo perdendo milhões a Ford nunca se abalou financeiramente.
Na última crise americana enquanto GM encerrava operações da SAAB, Oldsmobile, Pontiac (uma cretinice sem tamanho), Chrysler encerrava a Plymouth e pediam socorro ao governo americano de bilhões de dólares, a Ford foi a única montadora que não pediu socorro ao governo nem dinheiro...se virou sozinha.
O resultado é o que ela é hj, uma grande marca, que erra como todas as outras, mas tem lastro e cautela nos seus investimentos....sem contar o logo quase imutável desde sua fundação.......carregando o nome do Fundador e de seus herdeiros ainda dirigentes.....muito orgulho. Não é a toa que o americano venera tbm essa marca.
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1980 Mercedes-Benz 300 TD "Laranjinha" com interior Beige (S123)
1988 Mercedes-Benz 560 SEL Azul marinho com interior Cinza (W126)
1994 Mercedes-Benz SL 320 Triple Royal Blue (R129)
1975 Mercedes-Benz 240D Azul Bebê com interior em tecido azul (/8 ou W115D)
1976 Mercedes-Benz 450SL Cap Cana Green com interior Verde (R107)
AMERICAN DREAMS:
1954 CADILLAC FLEETWOOD SIXTY ESPECIAL SERIES
1960 CADILLAC FLEETWOOD SIXTY ESPECIAL SERIES
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Stardreams- Administrador
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
João, obrigado pela correção. É realmente eu esqueci do Edsel.
Borg- Usuário Ouro
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Nossa Stardreams
Eu nao sabia dessa. Bem legal. Quanto ao americano mediano venerar as marcas locais, eu nao sei nao, o americano mais simples pior ainda, agora o americano mais tradicionalista e rico talvez.
Eu tenho primos proximos com faixa etaria perto da nossa (um pouco mais velhos que eu (3-4 anos) no maximo) nos estados do TX, NM, CO, NC, e IA. Alguns casados com familia, alguns sem filhos. Pois bem: nenhum tem carro americano. E eles sao beeeeeeeem americanos, bem tipicos, todos bem estudados, daqueles que acham que Brazil eh mulata e RIO mas nenhum deles eh super rico. Dois vivem de renda mas num padrao beem normal.
Deveriam ter Caddys e Lincolns nao?!
Pois eh! Nao tem! O Ron me emprestou o seu Infiniti G37. Carro bacana, mais de 300cv, cambio manual. Ele esperou 4 meses pelo carro. Black on Black. Perguntei por que ele escolhera aquilo ao inves de um MB ou de um Caddy, e ele me disse "Jack, a tua prima ate gostou mais do Mercedes. Discutimos em casa, mas eu queria firme e "reliable"". Do outro lado, minha prima de Dallas, casada com 2 mastins e do meu tamanho acaba de comprar um novissimo Accord (acho que eh o 7o dela). A mae dela ja tinha Accord qdo eu estudei la no colegial depos de vender a MB e o Bob falar em varios almocos de domingo que o mercedes era bom mas era a diesel e custava "caro". Vai entender. Outros tem Odyssey, um deles tem Porsche e nenhum tem esses carros americanos fora o Allen que eh meio excentrico tipo Stardreams mas na versao low budget e ele resolveu comprar um rabecao. Esse era Caddy. Era o carro dele do dia a dia. Todo mundo pensa que ele tem uma funeraria mas ele queria um Caddy classico baratinho. Foi o que tinha para o momento. O unico senao eh que numa das saidas da LBJ acho que ele nao calculou direito e foi parar direto no poste com o rabecao. Ate a ultima vez que eu soube uns meses atras ele estava usando o carro da mae, um camry.
Faz anos e anos que nao vou a FLorida e nao sei dizer o cenario no LatinUSA. Mas nos EUA de verdade mesmo, voce vai num supermercado de bairro "bom" de cidade boa, tipo um HarrisTeeter da vida, ou ate um Target da vida, voce nao acha mais esses Caddys nao. Mustang tem muito
Eu nao sabia dessa. Bem legal. Quanto ao americano mediano venerar as marcas locais, eu nao sei nao, o americano mais simples pior ainda, agora o americano mais tradicionalista e rico talvez.
Eu tenho primos proximos com faixa etaria perto da nossa (um pouco mais velhos que eu (3-4 anos) no maximo) nos estados do TX, NM, CO, NC, e IA. Alguns casados com familia, alguns sem filhos. Pois bem: nenhum tem carro americano. E eles sao beeeeeeeem americanos, bem tipicos, todos bem estudados, daqueles que acham que Brazil eh mulata e RIO mas nenhum deles eh super rico. Dois vivem de renda mas num padrao beem normal.
Deveriam ter Caddys e Lincolns nao?!
Pois eh! Nao tem! O Ron me emprestou o seu Infiniti G37. Carro bacana, mais de 300cv, cambio manual. Ele esperou 4 meses pelo carro. Black on Black. Perguntei por que ele escolhera aquilo ao inves de um MB ou de um Caddy, e ele me disse "Jack, a tua prima ate gostou mais do Mercedes. Discutimos em casa, mas eu queria firme e "reliable"". Do outro lado, minha prima de Dallas, casada com 2 mastins e do meu tamanho acaba de comprar um novissimo Accord (acho que eh o 7o dela). A mae dela ja tinha Accord qdo eu estudei la no colegial depos de vender a MB e o Bob falar em varios almocos de domingo que o mercedes era bom mas era a diesel e custava "caro". Vai entender. Outros tem Odyssey, um deles tem Porsche e nenhum tem esses carros americanos fora o Allen que eh meio excentrico tipo Stardreams mas na versao low budget e ele resolveu comprar um rabecao. Esse era Caddy. Era o carro dele do dia a dia. Todo mundo pensa que ele tem uma funeraria mas ele queria um Caddy classico baratinho. Foi o que tinha para o momento. O unico senao eh que numa das saidas da LBJ acho que ele nao calculou direito e foi parar direto no poste com o rabecao. Ate a ultima vez que eu soube uns meses atras ele estava usando o carro da mae, um camry.
Faz anos e anos que nao vou a FLorida e nao sei dizer o cenario no LatinUSA. Mas nos EUA de verdade mesmo, voce vai num supermercado de bairro "bom" de cidade boa, tipo um HarrisTeeter da vida, ou ate um Target da vida, voce nao acha mais esses Caddys nao. Mustang tem muito
john- Usuário Platina
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Borg, é uma das poucas famílias que conseguiu manter o negocio sendo dirigido pelos herdeiros por décadas. A Porsche também tem uma saga muito legal, embora a família tenha se retirado do negocio nos anos 70, mas depois foram profissionais de sucesso em outras empresas.
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João- Administrador
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Stardreams,
Por sinal hoje eu gostaria de saber "quem é o cliente" Lincoln e Caddilac dos dias atuais.
Por sinal hoje eu gostaria de saber "quem é o cliente" Lincoln e Caddilac dos dias atuais.
john- Usuário Platina
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
João, realmente a sucessão nas empresas de todo tamanho é um problema recorrente. Ou os herdeiros literalmente queimam todo o patrimônio ou cedem à tentação de um ganho imediato com sua venda.
A única chance de continuidade por muitas gerações é a presença de um ideal e ter o negócio no DNA.
A única chance de continuidade por muitas gerações é a presença de um ideal e ter o negócio no DNA.
Borg- Usuário Ouro
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Pois é John, não é todo mundo que conhece essa empreitada de quem diria Henry Ford.....na Amazônia!!!!!
E não tinha google Earth, fotos do local ou grande estudo climático e de fertilidade do solo a respeito....estradas então......bom hj não é mto diferente.....só o índioque ficou mais exxxxperto e trocou o calção adidas de três listras por uma Hillux cabine dupla em troca do mogno.
Sim John, seu relato é verdadeiro e disso realmente não duvido. Realmente os nipônicos abocanharam mto o mercado americano. Principalmente pela falta de modernidade dos carros americanos da década de 80...
Os americanos custaram a reagir...começaram em idos da década de 90, vide minha Caddy Eldorado ETC.
Mas as japonesas para ganhar op coração do americano começou a fabricar em solo americano seus carrinhos sem graças....quem não se lembra aqui dos primeiros civic´s e accord´s que vinham em 1991\1992\1993 dos EUA com aquela plaquinha na coluna C do carro com a águia americana e o escrito embaixo "Honda of America".
era exatamente para mostrar ao americano que os japas estavam sendo feitos na terra do tio Sam e davam empregos aos americanos.
Paralelo a isso foi como vc fslou os seus primos de lá jovens ~´a não se seduziam mais pelo Caddy, Buick, Oldsmobile do papai....eram enooooormes, molengas e com visual extremamente conservador, mto conservador.
Os japas o que fizeram....carros grandes mas enxutos, que bebiam a metade dos yankees e nunca quebravam, mas também não emocionavam....vide Infinity Q45, Lexus LS400 e Mazda 929......
E porque os japas ousavam em seus carros?? Porque não tinham linha a seguir, não tinham história de design......surgiram com o desenho de seus carros do nada........vide Lexus que nasceu no começo dos anos 90 junto com o Q45 e mazda 929.
A Cadillac para mexer na sua linha de rabo de peixe poderia num exercício de design perder milhões de consumidores, ainda que já tivesse deixado de conquistar outros milhares de potenciais clientes.
A Buick se mexesse na sua grade ou seus bancos captones e por aí vai....
Mas enfim a Cadillac acabou envelhecendo junto com seu público e teve de mexer na sua linha.....que por sinal hj é sucesso e nada deve a AMG em matéria de desempenho........
A Cadillac continua ao lado da Lincoln mto forte dentro dos EUA. é o orgulho deles como o Mustang, Vette e Camaro...uma pena terem matado o thunderbird.......era um gran Luxo coupé com pitada esportiva beeem bacana.
E não tinha google Earth, fotos do local ou grande estudo climático e de fertilidade do solo a respeito....estradas então......bom hj não é mto diferente.....só o índioque ficou mais exxxxperto e trocou o calção adidas de três listras por uma Hillux cabine dupla em troca do mogno.
Sim John, seu relato é verdadeiro e disso realmente não duvido. Realmente os nipônicos abocanharam mto o mercado americano. Principalmente pela falta de modernidade dos carros americanos da década de 80...
Os americanos custaram a reagir...começaram em idos da década de 90, vide minha Caddy Eldorado ETC.
Mas as japonesas para ganhar op coração do americano começou a fabricar em solo americano seus carrinhos sem graças....quem não se lembra aqui dos primeiros civic´s e accord´s que vinham em 1991\1992\1993 dos EUA com aquela plaquinha na coluna C do carro com a águia americana e o escrito embaixo "Honda of America".
era exatamente para mostrar ao americano que os japas estavam sendo feitos na terra do tio Sam e davam empregos aos americanos.
Paralelo a isso foi como vc fslou os seus primos de lá jovens ~´a não se seduziam mais pelo Caddy, Buick, Oldsmobile do papai....eram enooooormes, molengas e com visual extremamente conservador, mto conservador.
Os japas o que fizeram....carros grandes mas enxutos, que bebiam a metade dos yankees e nunca quebravam, mas também não emocionavam....vide Infinity Q45, Lexus LS400 e Mazda 929......
E porque os japas ousavam em seus carros?? Porque não tinham linha a seguir, não tinham história de design......surgiram com o desenho de seus carros do nada........vide Lexus que nasceu no começo dos anos 90 junto com o Q45 e mazda 929.
A Cadillac para mexer na sua linha de rabo de peixe poderia num exercício de design perder milhões de consumidores, ainda que já tivesse deixado de conquistar outros milhares de potenciais clientes.
A Buick se mexesse na sua grade ou seus bancos captones e por aí vai....
Mas enfim a Cadillac acabou envelhecendo junto com seu público e teve de mexer na sua linha.....que por sinal hj é sucesso e nada deve a AMG em matéria de desempenho........
A Cadillac continua ao lado da Lincoln mto forte dentro dos EUA. é o orgulho deles como o Mustang, Vette e Camaro...uma pena terem matado o thunderbird.......era um gran Luxo coupé com pitada esportiva beeem bacana.
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1988 Mercedes-Benz 560 SEL Azul marinho com interior Cinza (W126)
1994 Mercedes-Benz SL 320 Triple Royal Blue (R129)
1975 Mercedes-Benz 240D Azul Bebê com interior em tecido azul (/8 ou W115D)
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1960 CADILLAC FLEETWOOD SIXTY ESPECIAL SERIES
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Re: Neto de Henry Ford morre nos EUA
Vídeo bem bacana, para nos aculturar mais:
FORDLÂNDIA sonho e fracasso de um visionário:
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