Comerciais da Aston Martin

Sou um apaixonado pela Marca Aston Martin
Uma marca Secular, com muuuuuuita tradição em pistas e confiabilidade mecânica.

Que marca de carro esporte tem mais de 100 anos de vida???
Pelo naipe dos comerciais abaixo, dá para se ter uma idéia do nível de público que a Aston Martin atinge. Sem apelação, provocação.......Britânica.


Honestamente?? Se eu tivesse que comprar um esportivo puro sangue, seria esse.......chique, potente, feito a mão, e é o carro de sua majestade usa, tem o "by appointment to her Majesty"  e de seu agente secreto....oo7.....um carro imortalizado nos filmes....

Qual esportivo tem uma música dessas do 007?

e o ronco dos V8 e V12 da Aston Martin......isso sim é um esportivo nato sem perder o requinte, o acabamento.....que podem andar lado a lado.......

Pincei a mão estes vídeos para compartilhar com vcs o que é esse Mito tão venerado no mundo todo:












Aston Martin asked Chrome to create a beauty film to celebrate the shared engine of the V12 Vantage and Le Mans racer LMP1.




Este vídeo da para se ouvir deliciosamente o ronco do Aston Martin Vanquish nas estradas da Toscana, Itália:




Calleija, the International award winning Australian jeweller has joined forces with Aston Martin to produce a distinguished and elegant fine jewellery collection. The partnership consolidates a shared passion for the finest quality and craftsmanship:





Aceleração de 0 a 295 do Aston Martin Vantage V8:



Som do V12:

Eu fiz uma visita na concessionária da Aston Martin aqui de São Paulo.....fui mto bem tratado e fiquei sabendo que vc pode personalizar o carro do jeito que vc quiser...desde cores do forro do teto, carpete, cor da costura do banco, tecigo (couro ou camurça), placas com seu nome na soleira da porta....as chaves do carro são de cristal da Baccarat.

O motor é assinado e feito a mão como nas AMG´s das Mercedes, só que feito há muitas décadas antes de existir a AMG.

É um carro para connoisseurs, não novos ricos, jogadores de futebol, pagodeiros e BBB´s.

Seguramente era o esportivo que teria. Tem distribuição de peso 50% em cada eixo.

Que carro  ......me tirou o sono....vou tentar dormir......   

O problema são os bancos.

Também é o esportivo de minha preferência, seguido pelas Maserati e Porsche

Realmente é um carro espetacular, mas o esportivo de minha preferência é a Mercedes SLR Mc Laren.

Lindissimos, carros extremamente diferenciados para quem não precisa provar nada para ninguem. Me lembro de ter lido que quando o DB9 foi lançado, o ronco do V12 foi considerado o mais bonito de todos os carros em produção na epoca (2007 se não me engano). Esse ultimo video confirma isso.

Fico em duvida quando as pessoas falam como acima "o esportivo" de preferencia.

Nunca guiei um Aston, mas a impressao que fica para mim é que o Aston é um GT (Gran Turismo) de estirpe, mas eu acho que em confronto quanto a "esportividade" e "grude" em pistas o Porsche 911 eh imbativel.

Por outro lado, um exercicio bem legal para quem quer eh entrar na pagina da Aston para o mercado norte americano e comecar a configurar o carro. Eh impressionante a quantidade de opcionais e configuracoes que voce pode fazer.

Zig, sabe que eu ja gostei mais de MB do que gosto hoje; acho que eh porque alguns pares meus na Europa tem MB como carro da firma la (la eles tem carro de empresa pela politica da nossa empresa na Alemanha e Franca), depois o bairro onde moro eh o bairro que hospeda o grosso da comunidade alema e americana em Sao Paulo e consequentemente eu vejo bastante MB de funcionario da fabrica e a forma na qual vejo os carros na padaria (geralmente vejo Classe B de esposa de funcionario e aos finais de semana vejo GLK e ML), no supermercado, e realmente eu entendo porque MB vira "tralha" "taxi". Semana passada eu estava entrando no escritorio e quando cheguei para sentar na mesa veio um gringo e me disse "Nossa voce ainda tem esses carros. Olha o carro da minha empregada!" (era uma W124 como a minha...hahahahaah). Eu disse pra ele "So espero que ela seja mais gostosa do que eu!" (pq fiquei sem ter o que falar).....

Resumo, se eu fosse gastar mais que 400/500 mil reais eu nem cogitaria em pensar em MB ou BMW.

Iria direto pra Porsche e Aston.

Fresser, o problema é o meu Banco......rsrsrsrs.

Beto, exatamente, é um carro que vc não precisa provar nada para ninguém. E até confortável dentro da sua proposta de superesportivo.

Liguei o carro lá na loja, entrei nele.....é algo inenarrável. è magia, aura, sei lá....o carro tem vida, te chama para acelerar......e ter um carro desses totalmente personalizado para vc não tem preço....o vendedor disse que é praticamente impossível ter dois carros iguais aqui no brasil, se vc se der o trabalho de escolher item por item......o som é aquele dinamarquês, Bang & Olufsen..........de uma pureza e qualidade de fazer inveja aos Harman Kardon (que já são espetaculares).

Mas a chancela da família Real, seu nome dedicado pela marca na soleira da porta, o motor assinado pelo engenheiro e o carro montado quase que artesanalmente em uma fábrica que faz isso há mais de 100 anos encerra qualquer crítica ao modelo. Isso é experiência, tradição, equilíbrio, longevidade.....isso é a Aston Martin......quem não conhece o carro pessoalmente, vale sim uma visita focada lá na loja, que inclusive vende vários acessórios, como bolsa, jaquetas, camisas, malas....e lá no fundo um display infinito de cores para vc montar sua grife, digop seu carro.....

State of Art.

John aonde que vc vai extrair tudo de um Porsche 911 Turbo?? Em qual pista brasileira vc conseguirá tal façanha de velocidade máxima?? Ou estrada??? Não adianta, o carro tem que ter de tudo um pouco.

Claro é questão de gosto e perfil. eu prefiro luxo extremado deste carro com a mesma ou maior potência que um 911, mesma tocada, com exclusividade no acabamento e montagem e que o carro tenha amenities em refinamento como chave de Cristal Baccarat, painel esmerado e todo o resto da atmosfera interna que cerca o carro....inclusive um chiquérrimo jogo de malas desenhado para encaixar perfeitamente no porta-malas.

é questão de gosto pessoal.

O que seria da Porsche se todos gostassem da Aston Martin e vice versa.......mas essas duas marcas estão realmente no topo da cadeia alimentar......daí para frente é o perfil de cada um que vai decidir...armas ambas tem de sobra.....e TRADIÇÃO....isso dinheiro nenhum no mundo compra.....

Abraços,

Elias  .

Esse tópico é covardia pura!

Aston Martin (hoje seria um DB-S) sempre esteve nos meus "top-5 dos sonhos", uma brincadeira mental, onde se o dinheiro não fosse um fator limitante, quais seriam os 5 carros (e apenas 5) que ocupariam vaga na minha garagem. Três das vagas seriam praticamente cativa das marcas McLaren, Lamborghini e Aston Martin variando apenas o modelo de tempos em tempos. As outras duas variam bastante. Desconfio que o A.M. seria um dos modelos mais usados dada a sua versatilidade (conforto, esportividade, luxo, etc). Brincadeira divertida.  

Muito bacana.

abcs

Frank

Elias, é desse tipo de banco que estou falando...

Abraço$$$

Vídeos MUITO legais, Elias, obrigado por compartir.

Como que pensando alto:

Como marca, talvez a Aston Martin seja de fato a mais aspiracional de todas. Mas - sem fazer ainda juízo de valor -, a globalização veio para todos, uniformizando e pasteurizando o que diferenciava os produtos destas marcas, os quais representavam as características e valores dos povos dos Estados Nacionais aos quais pertenciam. E, quando os produtos vão se uniformizando, as marcas tendem a iniciar um processo de enfraquecimento e, com sorte, consequente reinvenção - quem consegue esta proeza da reinvenção, mais que sobrevive, prospera.

Como produto, carro alemão era uma coisa, italiano outra, inglês outra. O mundo mudou de forma estrondosa com a globalização de tudo, misturou culturas e aproximou os gostos e preferências, tendendo a uniformizá-los num processo contínuo e irreversível. Os carros são mais parecidos entre si hoje do que há quarenta ou cinqüenta anos, e as marcas buscam incessantemente esta diferenciação em outros atributos que não só o produto propriamente dito.

Hoje a indústria automobilística inglesa de facto não mais existe, mas resta, claro, sua imagem conhecida e reconhecida, nas tentativas - valorosas, do ponto de vista de perpetuação da construção de marcas -, de diferenciação, e a Inglaterra é quem melhor trabalha a perpetuação de sua imagem, especialmente pela mística e herança da família Real. Mas hoje já nos espantamos com os costumes e valores que solidificaram esta imagem quando assistimos à série Downton Abbey, pois a sustentabilidade desta mística é muito difícil de ser mantida num mundo que caminha inequivocamente para a uniformização de tudo. Mais uma vez, ainda sem juízo de valor.

Londres hoje é uma cidade que se reinventou de forma assombrosa, pois mantém a aura de realeza e tradição, ao mesmo tempo em q se moderniza incessantemente. Mas o núcleo de seu produto ainda lá está, é a família real, e esta é de fato diferenciadora. Possivelmente se a família real britânica um dia cair, Londres será mais uma cidade européia encantadora. Mas será mais uma entre tantas.

Tudo isto para chegar a meu incorrigível saudosismo - e agora virão, sem dúvidas, os juízos de valor. 

Aston Martin hoje continua sendo uma marca extremamente sedutora, mas seus produtos não são tão diferentes dos demais quanto na era D. Brown ou antes dele. Isto vale para Bentley, Rolls Royce, Morgan, só para ficar nos ingleses. Mas tb atingiu a Mercedes, a Ferrari, e todas as outras. O mundo mudou, os produtos se ajustaram correta e coerentemente. E as marcas tentam se reinventar, achar novos atributos que possam ser transformados em benefícios diferenciadores. E ser de procedência britânica ajuda MUITO num mundo de produtos similares, assim como ser alemão, com a fama de engenharia perfeita daquele povo, também ajuda muito. Mas nem todo mundo pode ser inglês ou alemão, e daí a consequente consolidação de marcas - muitas desaparecem, algumas se perpetuam mesmo com produtos muito parecidos.

O mesmo tratamento que a loja da Aston Martin dá a seus clientes e deu ao Elias, a Ferrari tb dá. Este tratamento é diferenciador da categoria de super luxo, mas não de marca. E aí está o valor da marca Aston Martin. É a melhor embaixadora hoje de uma Inglaterra de heritage, mas ao mesmo tempo moderna e jovem. Contudo, como todas as demais marcas de carros inglesas, é meio coxa, pois não é mais inglesa, no sentido estrito do termo. Foi, e tenta manter esta herança - e provavelmente vai continuar mantendo -, mas nem todas as marcas inglesas vão conseguir. 

Fechando, vem a razão deste post: a defesa de nosso hobby. Os carros clássicos até os anos 80 são os que tem em seu produto os atributos intrínsecos de suas marcas, pois eram construídos pelos valores de seus povos. Carro inglês é craftmenship, alemão é precisão, desempenho, e confiabilidade, italiano emoção pura. 

Finalizando, uma pérola do Sir D. Brown, proprietário da Aston Martin que emprestou suas iniciais aos DB : um amigo lhe disse que achava o preço dos Aston Martin muito caros e que, se fosse a preço de custo, ele compraria um exemplar. Sir D.Brown respondeu: " então pode acrescentar 20% ao preço". Este era o prejuízo unitário que ele tinha com seus carros. 

Abração,

Fernando

Desde dezembro, a MB é dona de 5% da Aston Martin.

Abs,

Slfan

Fernando, fantástico o seu texto...li e reli umas 3 vezes. Resumiu bem uma realidade que muitas vezes não paramos para ver.....sim, as mudanças e pasteurizações automobilísticas que hj vivemos. Tá tudo mto parecido, mto chato e mto igual.....

Hj realmente os carros novos não me seduzem...acho-os bonitos, mas sem aquele charme e fleuma que cada marca tinha.

Para quem conviveu de perto com carros bacanas das décadas de 70\80 e começo dos anos 90 que a minha idade abraçava hj fica indignado com essa perda de identidade e ponto de honra que algumas marcas sempre se esmeraram em fazer....custe o que custasse.

HJ o mundo é mais sem graça...cheio de regras e barreiras para travar, filtrar, policiar e igualar coisas que eram para serem diferentes, pois fazia parte do jogo.....

Como sempre falo Fernando, lamento muito mesmo não ter nascido na década de 50/60.....as pessoas eram mais felizes, os automóveis eram os mais bonitos, e tudo terminava numa noite de twist ou com Elvis cantando e vc num dinner comendo um belo sanduiche com Ice cream soda com sua garota chegando de Vespa parando ao lado da sua Cadillac.....

Adorei seu texto, aclarou bem o momento que vivemos e o que cada marca é hj no mercado....concordo integralmente com o seu texto, que por sinal é uma aula.

SLFan, notícia quentíssima essa....não fazia idéia.......agora gosto mais ainda da Aston Martin......mas deve ter algum motivo para isso, não??? Deve ter algum coelho na cartola para sair daqui uns anos.....

Grande abraço,

Elias.

Essa foto vai para o Elias:


Elias, depois olhe suas MP's e me ligue. 

Essa é igual a sua:

6.9FAN,

Sim e não, ou pero no mucho.....Veja bem, a MB realmente resolveu massificar a imagem dos produtos. Hoje voce nem sabe mais o que é o que. Estrela aqui, alim, sem estrela, o modelo C B E 250 na verdade tem um motor 1.6, o CLA nao eh C nem A e nem L, tem-se tudo que eh modelo para tudo que eh perfil. Nao que a BMW, sua rival seja distinta com relacao ao isso, mas ao menos quando voce ve um BMW "moderno", fica claro que aquilo é um BMW. Quando voce ve um Aston desses, fica claro. Veja a Porsche com o Targa novo Fica claro.

Aston talvez fosse o único carro inglês que eu teria, são duK7.

John,

Lá vai uma heresia, mas só para fazer o ponto.

Um amigo meu tinha uma BMW 530i 2008 - e só posso falar deste ano -, e um Azira modelo antigo. Entrei nos dois carros e fica difícil dizer qual é qual. Madeiras de verdade, couro comum - nem de longe um Connolly nos dois -, e, para piorar, 250 HP líquidos nos dois - num 1 CAVALO a mais para a BMW. Dirigi os dois, e a BMW é de fato muito mais na mão, mas nada que justifique o dobro do preço. Nestas circunstâncias, a marca sofre pra caramba para justificar um overprice com produtos-base tão similares.

Meu ponto é que este tipo de comparação não existiria nem de longe no passado. As marcas estão em cheque, e aquelas que souberem explorar seus atributos diferenciadores se darão melhor. Mas é uma tarefa bem árdua, especialmente com a educação do consumidor sobre a relação valor por dinheiro - o famoso VFM, que engatinha nos mercados emergentes, mas vai se consolidar a medida em q o tempo passa.

Vc deu um bom exemplo de seus pares no trabalho q tem Mercedes como carro de dia-a-dia. E há táxis, além dos caminhões, até no Brasil, que não ajudam muito uma marca que pretende manter seu posicionamento de segmento alto - premium, como costuma se dizer. A Globalização não apenas uniformiza gostos e preferências, mas desmascara escancaradamente as fragilidades das marcas - Mercedes é táxi e caminhão? Então não quero. O trabalho de marca que a Mercedes fez ao longo dos anos é notável, pois conseguiu, como nenhuma outra, separar os segmentos. Só não foi bem sucedida com o Maybach, mas a estratégia estava certa, para brigar no super-premium não é a Mercedes, é necessária uma outra marca, e talvez esta seja a resposta para os 5% da Aston Martin que o Angel nos revelou. A BMW entendeu isto quando comprou a Rolls-Royce, e a VW quando comprou a Bentley - pois o Phaeton demonstrou q, sob a marca VW, não dava para competir no segmento premium/super-premium.

Os produtos se uniformizaram mas, claro, ainda há diferenças nos produtos que justifiquem preços mais altos. Mas a tendência é de q não consigam sustentá-los ao longo dos anos, se não houver um atributo percebido como benefício relevante para justificar o preço cobrado muito mais alto - seja uma brutal inovação de produto, seja outro atributo como o heritage de craftmenship inglês, ou a sublime engenharia alemã, como exemplos q citei por me parecerem mais claros.

Ou seja, não me parece "si pero no mucho", mas uma equação bem real que as grandes marcas terão de solucionar. O mundo mudou em várias dimensões - e, como diz o Don Draper de Mad Men ( não sou série-freak-, mas são exemplos q vem a calhar) "mudança não é boa nem má, apenas é" -, e a maioria é inevitável, como a educação de quem compra da noção valor por dinheiro.

Seus exemplos são muito bons - especialmente o do lindíssimo Porsche Targa novo, mas qual foi o último Porsche que despertou este interesse - pelo menos entre nós? Nossa discordância é de que eu acho que a Mercedes fez um trabalho melhor, dentro da massificação a q se propôs, apesar da uniformização dos produtos, que, para mim, caiu sobre todas as marcas.

Elias, eu concordo muito com você, vejo encantamento em vários antigos, americanos, ingleses, italianos, e alemães. 

Abração,

Fernando

Fernando,

Ta. Entao o que voce diz, seguindo tua linha de pensamento é que em breve as montadoras de "luxo" nao terao mais lugar no mercado como montadoras de "luxo" devido a massificacao que se propuseram, tornando-as, mais  umas montadoras como quaisquer outras.

Voce sabe que eu me impressiono com o leque de produtos. Agora na BMW o sujeito tem todos os numeros: serie, 1,2,3,4,5,6,7 e os X enquanto que para a MB parece que o abecedario esta ficando pequeno. O CLA vira um baby CLS, a GLA um baby ML? Entao o Classe C eh o que? Um baby S? E o GLK? Um baby GL? E com essa velocidade de troca de linha..

Como manter uma identidade marcante em tanto produto com proposta distinta?! Deveria ser facil se a marca tivesse uma identidade propria de linhas basicas mais "imutaveis", como uma grade tipica da BMW. 

Nem isso a MB conseguiu parar quieta.

Nao duvidaria se nessa proxima linha S eles implementassem o novo conceito inovador da S180 com motor 1.6 triturbo minipimer wallita e colocassem tracao dianteira aliada ao sistema ecoblue sei la o que com o powertrain da Renault!


Voce ja se imaginou ir ao Rubayat com teus irmaos e de repente chegar la, voce pede carne, o Luiz pede yakissoba e o Sylvio pizza de quatro queijos mas que na verdade um dos queijos eh de soja o outro eh de cabrito do parana e o outro de bode? Estranho ne?! Pois eh assim que vejo a MB

Tá certo, John, como diz um livro de MB q tenho, "numbers lottery", e é um livro q só fala das MB "saloon" dos anos 60 e 70.

Como eu tentei dizer, não acho q as marcas de luxo vão desaparecer - pelo menos não nos próximos 50/100 anos -, mas o desafio será cada vez maior, e a consolidação de marcas deve ocorrer  de forma ainda mais agressiva.

Mas, com relação a MB, sustento que, tendo caminhões e táxis de forma tão proeminente, é uma proeza infinita manter a percepção de qualidade e "premiumness" da marca. Não conheço outra  - em qq segmento - que tenha conseguido isto. 

Abração,

Fernando

Eu acho que vai acontecer alguma coisa parecida com o que acontece com as marcas de consumo para o publico AAA. Vai ser um pouco melhor que as comuns, mas na verdade o que vale é a etiqueta pendurada do lado de fora.

João,

Sábias palavras... Este é o desafio. E QUE desafio.

Abração,

Fernando

Fernando e João, perfeitas colocações...expressam exatamente a realidade e certamente o que ocorrerá no futuro, infelizmente....

Antigamente entrávamos numa mercedes, com os olhos vendados, e matávamos a charada de ser uma W116 só de sentir o cheiro dos seus materiais de acabamento.

Hj se tirar-mos o volante de uns modelos zero km de mercedes não sabemos se estamos dentro de uma Mercedes ou de um coreano\japonês premium.....pela absoluta falta de identidade, padronização de produção, redução de custos para adequação de preço no mercado mega competitivo.......então tudo se perdeu a graça em pro disso.

Antigamente as grandes marcas como Mercedes, não mediam custos de produção ao se projetar ou produzir um modelo topo de linha, pois a linha S se vendia sozinhas....se custasse 10, 20 ou 30 mil a mais no preço final o sucesso de vendas seria o mesmo, pois a concorrência era menor...as carrocerias duravam 10 anos para mudar.....as brochuras de venda pareciam livros de tão esmeradas e detalhadas em sua confecção......tudo tinha mais charme e carinho.....até os botões de porta tinham design, com auréulas cromadas, as calotas eram esmaltadas, as madeiras do painel eram verdadeiras e não imitações ou essa atual insossa moda de fibra de carbono....as luzes de leitura no teto tinham design....enfim bons tempos e excelentes carros que não voltam mais......

Hj mesmo vc comprando um carro top de linha seja de qual marca for, as brochuras normalmente são uma mísera folha A4 double side com uma foto do carro e no seu dorso os dados técnicos....tudo sem graça, sem emoção, sem aquele carinho de querer te cativar como cliente da marca.....

Nisso os ingleses e alguns carros americanos são imbatíveis como já foi comentado.....ainda conseguem manter certa aura em cima de sua tradição...seja por ser da realeza, ou seja pelo fato de ter sido durante décadas um dos melhores carros de luxo já produzidos até hj, no caso da Cadillac.

Quem não se curva com a imponência e materiais empregados nesses carros naquelas décadas. a marca mesmo tendo mudado agressivamente o design dos seus carros explora mto isso, esse passado glorioso de ouro.

Stardreams, Fernando e Joao,

Quem não se curva com a imponência e materiais empregados nesses carros naquelas décadas. a marca mesmo tendo mudado agressivamente o design dos seus carros explora mto isso, esse passado glorioso de ouro.

E por que isso?

Teria o consumidor do veiculo ficado tambem tao padronizado que este mesmo nao mais se preocupa com "identidade"?

Um anuncio muito bacana é de poucos anos atras do Porsche para o mercado americano onde o menino esta na sala de aula, cai o lapis, todo mundo ri dele, ele vai ate a revenda da Porsche, pede para entrar num 911 e estoria vai indo mas a mensagem era clara falando da "identidade do carro e da marca".

Guardando as devidas proporcoes, ja que a propria, ja atua em outros mercados com os produtos Panamera e Cayenne, pergunto: sera que o cliente destes produtos nao se importa com "identidade"?


Eu acredito que sim, mas nao saberia por certo afirmar.

A unica coisa que eu consigo ver hoje é, comparando-se BMW e MB é que a BMW voce identifica de longe o carro.

Elias

Não é bem assim, desde a revolução industrial que qualquer empresa tem que se preocupar e muito com o custo dos produtos. A Mercedes se fez praticamente no pós guerra e nessa época economia de custos era a palavra chave.

O grande diferencial que existia até os anos 80 era a capacidade ou não de fazer. Simplesmente os alemães sabiam fazer carros muito melhores e mais confiáveis. Injeção era praticamente o padrão da MB nos fim dos anos 60, os americanos ainda estavam no carburador, os japoneses construindo carros horrorosos, sendo que a maioria mal passava dos 120 km/h.

Uma Mercedes dos anos 60 em ótimo estado e bem conservada é até hoje um carro confiavel, pode pegar transito que não vai ferver, pode dar 160 por hora que ela aguenta na boa enfima, eram carros infinitamente melhores que a maioria. Os Porsches dos anos 70, até hoje aguentam o tranco. 

No cenário atual, temos a eletrônica dominando tudo. Não precisa ser um genio da mecanica para fazer um bom carro, basta adquirir um módulo XYZ que está tudo resolvido. Outro fato que pouca gente presta atenção, é que muitos carros foram desenvolvidos na Europa, mas fabricados no oriente. A Porsche é uma das empresas que mais presta serviço de consultoria para outras montadoras. A Ford divide tecnologia com a Mazda, enfim "saber fazer bons carros", não é mais privilegio dos Europeus, agora todo mundo pode fazer. Restou o controle de qualidade e a etiqueta, como grande diferencial.