O Classe A (W168) ,foi um carro injustiçado??

John

Uma Classe C em 1999 custava algo perto dos R$ 80.000,00, em dinheiro de hoje uns R$ 250.000,00 não é a mesma coisa de hoje, onde temos Classe C por menos que a metade desse valor. O slogan voce de Mercedes, nada mais era que uma brincadeira em relação a um carro que era um sonho para a grande maioria, totalmente diferente dos 204 de hoje em dia que estão um pouco mais caro que os Corollas da vida.

Ter CSS diferentes era apenas parte do projeto de ter uma linha nacional de carros e não uma discriminação, alem disso o custo da mão de obra tinha que ser diferente, porque os preços eram bem diferentes. Não transfira a realidade de 15 anos atras para os dias de hoje.

Poxa, fiquei chateado, pelo que eu entendi o Classe A era uma espécie de amostra grátis (bem paga), e caso fizesse o efeito de felicidade no paciente (proprietário), então ele comprava a dose completa de Mercedes (Classe C)... Só que a amostra grátis, pelo jeito era em forma de supositório, e o brasileiro que não é bobo não gostou, será?
Abraços,
Iraniel

O Classe A foi um carro lançado na hora errada bem no ano em que tivemos a alta do dólar, com isso sua manutenção foi ficando cara e reduzindo as vendas a cada ano.

O Classe A nunca foi considerado um carro popular da Mercedes, foi considerado um carro pequeno com equipamentos de classe S.

Na época devido ao lançamento muitas concessionarias que só trabalhavam com caminhões apostaram no Classe A e abriram concessionarias de automóveis, vide a Tapajós, a De Nigris e a Sambaíba, outras abriram com outros nomes, isto devido ao carro ser nacional e a proposta da Mercedes em vender uma grande quantidade, como era esperado, afinal concessionarias de Mercedes importadas são muito poucas aqui no Brasil. Não foi nada de exclusão do carro e seus proprietários.

Iraniel

Não consegui captar a sua mensagem.

Classe A "supositório" ???

Iraniel,

Ficou estranho heim  

Walter

Discordo. Eu ja frequentava a rede na epoca, com bte frequencia e eu ouvia outra coisa. Nao foi excluido mas sim colocado a parte, com publico a parte, distinto do costumeiro da MB, por isso criara-se outro nicho, que para a MB do Brasil era mais popular.

Existe uma grande diferenca do Classe A e sua percepcao na Europa. La sim era um carro pequeno, ideal para uso urbano e que conforme ouvi de 2 alemaes que tiveram e que tenho contato que muitos que compravam ja tinham outro MB em casa ou ja tinham tido outro MB, tanto que la ate hoje o Classe A é um carro "bem quisto", tanto que lancaram o 169 e mantiveram o nome do atual.

Entretanto aqui a visao e colocacao no mercado foi distinta logo no comeco.

Iraniel,

Eu entendi a tua colocacao. Nao era uma amostra gratis, mas sim fazer com que o "povo" pudesse ter um Mercedes, o que era algo antes visto para ser tido por pessoas de mais dinheiro.

O ideal para responder bem essa pergunta aqui era o pessoal da mkt da fabrica.

Quem sabe o confrade Julio FLorez caso se lembre de comentarios da epoca pudesse dizer-nos o que se pensava no corporativo interno sobre o Classe A.

Oi João, eu apenas brinquei... De vez em quando, fala-se que o Classe A era um carro de entrada, eu particularmente não gosto dessa denominação, então ironicamente eu brinco.
Abraços,
Iraniel

Valeu John! O bom daqui é que andamos todos na mesma direção (sem trocadilho), ou seja, no fundo a gente se entende.
Abraços,
Iraniel

Pô Walter, olhando de um outro ângulo ficou mesmo estranho.kkkkkk
Abs,
iraniel

A minha em julho de 2000 custou R$ 31.500,00, versão Classic e único opcional, A/C. Custava a mesma coisa de um Astra Sedan GL 1.8.

Tanto na Europa quanto no Brasil o Classe A foi comprado por pessoas que já possuíam ou tinham possuídos outros exemplares da marca e também por pessoas que nunca tinham tido.

A diferença é que em sua grande maioria, o povo europeu é bem mais esclarecido que o brasileiro e mesmo os que nunca tinham tido um carro da marca, sabiam que ali estava disponível um carro com qualidade de construção superior, com a vantagem de um preço menor. O povo europeu sabe comprar carro. O brasileiro está preocupado com o tamanho da roda.

Aos poucos brasileiros que compraram o carro por isso, parabéns. Aos que compraram por status, parabéns. Só não venham reclamar que o carro pula e é desconfortável. Sabem qual é o motivo de não ser ver alemães reclamarem que o Classe A é desconfortável? As estradas deles não tem buracos, reclamem da infra-estrutura primeiro.

Não tenho como não concordar que os últimos Classe As tinham padrão de acabamento inferior ao padrão da marca, coisas do Brasil.

John

CSS não é departamento de marketing da fabrica. Nessa epoca na RAR me falaram para vender rapido a minha 124 porque o mercado de usados ia cair com o Classe A OKM.
Se o brasileiro em 2013 consegue ainda gastar 40.000,00 num carro sem ABS e sem Air bag, imagine isso em 1999. A maioria nem sabia o que era.
Obvio que o preço da mão de obra era diferenciado. Mecânico de Classe A precisa entender de um modelo, mecânico de importado tem que ter 10x mais cursos na fabrica para poder atender n series diferentes e tudo isso custa.
O que matou o carro foi o aumento de custo misturado com a imaturidade do mercado brasileiro para entender o produto.
MB na Europa é taxi, é carro comum, logico que um cliente de Classe E pode ter um Classe A em casa como opção. Nos anos 90 MB no Brasil era muito mais cara do que é hoje. 
A MB fez uma fabrica no Brasil para entrar no mercado nacional e é obvio que para isso teria que estruturar a rede de CSS para atender um publico muito maior que o dos importados. O objetivo do Classe A não foi substituir os importados, o objetivo era entrar no mercado de carros nacionais sofisticados, infelizmente houve a desvalorização cambio e o projeto não deu certo.
Alem disso era obvio que a fabrica precisava alcançar um publico que nunca tinha comprado uma MB, era a unica forma de ter volume de vendas suficiente para manter uma fabrica. Por isso o slogan, voce agora de mb.

Na industria não existe justiça ou injustiça.....e sim lucro ou prejuizo  Esse foi o verdadeiro motivo do fim da produção do Classe A no Brasil.

eu reintero q o Classe A foi segregado sim , era como um segundo escalão da MB. até hj, quando fui arrumar o meu na Divesa , tinha de tudo desde C180 até Cl63 AMG , (tinha até um Peugeot RCZ  ) e nada de Classe A , pq as CSS afujentaram o pessoal do Classe A , q recorreu ao paralelo. 

e para o público q ñ entende,  MB é carro de Rico independente do preço , é o carro do pratrão mesmo sendo um C180 básico ou sendo um S65 AMG ,  e para os ''Entendidos'', ou é um Zero KM caro, ou uma Bucha usada, pq os ''Entendidos'' tem alergia à importados seminovos e usados.

Confrades: com o devido respeito...

A CSS não está nem ai se o carro que entra é um A ou um C. Ela quer é que entre para faturar. Quem tem A e leva na CSS é porque sabe o custo da manutenção lá. E a CSS vai cobrar, por exemplo, pela revisão A, B ou C, o mesmo para um Classe A ou C. O preço do óleo é o mesmo. A mão-de-obra, é a mesma.

A CSS vai recusar por qual razão? Ele quer é $$$, esteja você de S ou de A. Alias, é mais provável que ela fature mais com A e C do que com S. O que manda é volume. E a CSS tem que bancar seus custos que são fixos.

Pergunta: diferenciar por que?

A CSS quer é carro. 

É bem provável que uma CSS VW dê mais lucro que uma CSS MB no Brasil. E deve atender, como mais de 50%, GOL/FOX/VOYAGE. O que interessa é volume e fluxo! Se vier Tiguan/Passat/Touareg, ótimo!

O A deixou de ser vendido aqui exatamente pelo que o João disse.

O mesmo fim teve o Audi A3 e o Land Rover Defender 110.

Bem, na minha opinião... eu acho que muitos fatores colaboraram para o fim da produção do Classe A, conforme já foi citado antes.
Existem fatores positivos, mas os negativos pesam mais. Tenho uma lista de 10 coisas que odiei no meu Classe A, que só se descobre com o tempo.
1-Suspensão: Dispenso qualquer sigla, EBD, BAS, OMG, WTF, em troca de um conjunto mais macio com molas mais extensas e amortecedores mais resistentes.
2-Preço de manutenção: É desagradavel saber que uma bomba de direção custa 1/4 do valor do carro e a placa do câmbio 1/3. E se der pau nas duas ao mesmo tempo o que se faz ?
3-Preconceito: Todos nós já ouvimos barbaridades sobre o Classe A. Desde Mercedes de pobre até "Só é Mercedes quando quebra", graças ao péssimo Marketing no "Brazil".
4-Sem som: Quase todos sairam da css sem som original e você era obrigado a instalar um som da Pionneer que não combinava com o painel. Pionneer para ricos, porque também poderia ser Buster.
5-Barulho interno: Os plásticos rangendo e batendo me irritavam profundamente. Cheguei a jogar no lixo o acabamento dos trilhos entre os bancos dianteiros do meu Elegance, fora a parte de trás do encosto dos bancos que era plástico puro e também barulhento.
6-Câmbio frágil: O câmbio só funcionava bem depois de andar por mais de 5 minutos. Sempre senti um esforço muito grande e alguns trancos enquanto o carro estava frio pela manhã.
7-Rachaduras no painel: O frágil painel apresentava rachaduras graças a suspensão dura como pedra. Hoje em dia não passar em buracos é pura sorte.
8-Consumo: O que se espera de um carro leve e pequeno é que ele beba pouco. O Classe A consome o dobro do Fit, do Clio, do 206 e de muitos outros da categoria "meu trabalho é longe e preciso de um carro econômico".
9-Sempre aparece um barulhinho diferente: Aí você leva no mecânico que diz: Esse barulho é a repimboca e pra ver isso tem que tirar o motor e o câmbio só pra olhar.
10-Chatice: Rejeição de lâmpadas, manopla do câmbio que esfarela, portas que só fecham com porr@d@, riscos de se andar na chuva e molhar o sensor do sensor da bomba do outro sensor que ferra com tudo, sempre acende uma luz de alerta no painel dizendo que você vai ter que entrar no cheque especial e muitos outros motivos que não me lembro tão bem, pois já até vendi o meu.

Pontos positivos: O carro é lindo, corre igual a foguete, as mulheres adoram e com todos os seus problemas, sempre terá seu charme.

Eu até teria um outra vez se asfaltassem como tapete todo o meu caminho diário e de sempre.

Stanley, a questão do consumo em relação a Fit, Clio e 206, a comparação deveria considerar motores com a mesma capacidade cúbica e também a questão da transmissão automática.

Sim Epicco, concordo com você... Confesso ter sido um pouco ingênuo na escolha de um Classe A como carro econômico para não andar de SUV todos os dias.
O mais engraçado é que ainda me derreto quando vejo algum Classe A bem conservado pelas ruas.

Os Classe A automáticos realmente são beberrões, mas as outras versões são econômicas.

Epicco, não deveria ser ao contrario, ou seja, quando automatico beber menos, uma vez que a priori as trocas de marchas estariam em tempo perfeito ? O mecânico que cuida da minha vendeu a dele para construir sua oficina própria com dor no coração, disse que chegou a andar 700 km com um tanque, será que ele está me enganando ? rsrs

Eu tenho a minha a dois anos, adoro a estabilidade dela, principalmente na chuva, não vi em outro carro, o acabamento é superior a muitos carros, não tenho um grilinho dentro deste carro, o painel até tá começando a rachar em volta do airbag do passageiro, mais o carro é 2002, não considero isto como defeito.

Antes desta tinha um Siena 2010 1.0, o consumo urbano da minha A190 é menos de 15% superior, mas nem tem como comparar o desempenho.

Como já foi dito acima, o brasileiro tá acostumado com produtos de má qualidade.

Marcus; seu mecânico esta correto dependendo de vários fatores é obvio, transito, velocidade, manutenção em dia, gasolina de boa qualidade, etc... mas A160 faz sim no minimo 10 na cidade e no minimo 14 na estrada com ar ligado... se alguém não consegue fazer reveja manutenção e outras variáveis...eu já rodei 650 com um tanque na estrada de 2003 para 2004 e ainda estava na reserva; com uma A160 AKS 1999 elegance novíssima com 50 mil KM na época
depois disso ja tive outras 3 e nunca mais me preocupei com medir
agora trabalho com uma Ford Ecosport 2012 1.6 flex e a diferença e brutal ja cheguei a ficar quase sem combustível na estrada pensando que estava na classe A... sem contar que e mais fraca nas retomadas e não faz curvas...o sócio fica maluco qdo digo que prefiro viajar na Classe a antiga do que na ecosport nova...

João, concordo, mas acho exagerada esta compensação pela falha do teste do alce. Se fosse realmente essencial, todos os carros viriam com EBD e BAS de série e todos os carros que não tem estes equipamentos capotariam a 60 km/h. Claro que quanto mais segurança, melhor, mas imagine trafegar em uma via a 80 km/h e de repente chega aquele quebra-molas invisível (me atire pedras aquele que nunca passou por isso). O Classe A vai dar um salto tão grande e você vai chacoalhar, bater a cabeça no teto e até desequilibrar da posição de dirigir, podendo virar o volante para o lado de forma involuntária e se acidentar. Quais as chances de acontecer ? Não sei, mas existem. O EBD vai te salvar neste momento ? Também não sei.
Estou ressaltando esse fato, pois aconteceu com meu cunhado dirigindo um C3 onde na mesma situação, decolamos do chão e caímos em seguida sem acontecer nada além do pulo. A única coisa que veio na minha cabeça foi: Se fosse um Classe A a gente dançava.
O que eu quis dizer é que os dispositivos de segurança da suspensão são usados raramente (dependendo do motorista). A suspensão dura se usa o tempo todo e poderia ser mais macia.  É como se casar com uma prostituta linda, mas que sai para trabalhar durante a noite todos os dias e de vez em quando tem um tempinho para o marido.